Mais de um terço das organizações reportaram perdas substanciais (superiores a 20%) de clientes, receitas e oportunidades de negócio, em 2016, fruto de ataques associados à cibersegurança.
Os dados surgem no Relatório Anual de Cibersegurança da Cisco 2017, onde se percebe ainda que 90% destas empresas optou agora por melhorar a tecnologia com a qual trabalha em termos de segurança com o intuito de melhor enfrentar as ameaças que vai sofrendo.
Por seu lado, 38% destas mesmas empresas está a trabalhar no sentido de separar as funções associadas às TI das de segurança, de assegurar uma melhor formação aos seus colaboradores (38%) e de implementar técnicas de mitigação de risco (37%).
O mesmo relatório dá ainda conta dos principais fatores barreira identificados pelos CSOs para a melhoria dos níveis de segurança nas organizações: orçamentos limitados, pouca compatibilidade de sistemas e défice de profissionais.
Já no que diz respeito ao impacto financeiro potencial dos ataques para o negócio, conclui-se que as consequências foram consideráveis: 22% das organizações atacadas perderam clientes, sendo que destas, 40% perderam mais de 20% da sua base de clientes; 29% perderam receitas e 23% perderam oportunidades de negócio. Neste ultimo caso, destaque para o facto de 42% das organizações ter dado conta que chegou a perder mais de 120% em termos de oportunidades de negócio.
Contas feitas, o tema da cibersegurança está claramente na ordem do dia, obrigando as empresas a estarem atentas a esta situação e a desenharem e implementarem estratégias que ajudem a mitigar o risco.
O debate em torno desta temática interessa a pequenas, médias e grandes empresas de todos os sectores de atividade numa altura em que o mundo dos negócios se torna cada vez mais global.