As redes sociais estão a tornar-se cada vez mais importantes como canal de venda, com 48% da Geração Z a afirmar ter feito compras nas redes sociais nos últimos 12 meses. É a conclusão do mais recente estudo – Retail Report 2024 – realizado pela Adyen, plataforma de tecnologia.
De acordo com a análise, esta geração está a tornar-se a mais suscetível a fazer compras nestes canais, comparativamente com qualquer outro grupo etário.
“No entanto, existe também um crescimento nas restantes faixas etárias, que já começam a utilizar estas plataformas para comprar os seus produtos preferidos, com 43% dos Millennials, 40% da Geração X e 30% dos Baby Boomers a fazê-lo”, avança a investigação da Adyen.
No último ano, 40% dos consumidores em Portugal utilizou as redes sociais para fazer compras e apenas 8% dos consumidores portugueses afirmou ter utilizado as redes sociais para fazer compras pela primeira vez, nos últimos 12 meses.
Neste sentido, o estudo concluiu também que, em média, os portugueses utilizam as redes sociais para fazer compras quatro vezes por mês, e gastam cerca de 81,27€ por cada transação.
O Facebook Marketplace foi a plataforma mais popular entre todas as gerações, enquanto na Geração Z a preferência manteve-se pelo Instagram. No que diz respeito à loja do TikTok, e apesar de a sua popularidade crescer a nível mundial, em Portugal, foi considerado o terceiro destino de compras mais popular em todos os grupos etários.
“Na Adyen acreditamos que o sucesso das empresas dependerá diretamente do desenvolvimento de uma experiência phygital completa, intimamente ligada à tecnologia, à adaptação do mercado global e à personalização da experiência do utilizador”, referiu Juan José Llorente, Country Manager da Adyen para Espanha e Portugal.
E continua: “num ambiente cada vez mais complexo de mudanças na regulamentação, de novos métodos de pagamento, do avanço de tecnologias como a IA, de novos concorrentes globais e de novos modelos de negócios, é imperativo ter o parceiro de pagamento certo que seja capaz de se adaptar e que possa trabalhar continuamente para melhorar os resultados dos seus clientes”.
Segundo a Ayden, a crescente popularidade de utilização das redes sociais para fazer compras pode dever-se “à melhoria da capacidade dos algoritmos”, o que significa que os algoritmos estão cada vez melhores a prever e a apresentar aos consumidores aquilo em que estes estão realmente interessados. A análise avança que isto possibilita “a conversão dos interesses em compras de produtos ou serviços, de forma fácil e rápida”.
Do lado das empresas, apesar de apenas 22%, a nível global, utilizar o social commerce para vender produtos, 75% afirma que este melhorou significativamente as suas receitas, especialmente nos setores da moda de luxo (37%), vestuário e acessórios (36%) e saúde (30%).
No entanto, a investigação avança existir um obstáculo que impede uma maior personalização por parte dos retalhistas nas redes sociais, que é “a perceção de que existe falta de segurança quando se fazem compras através das redes sociais”. Desta forma, 16% dos consumidores inquiridos afirmou não utilizar as redes sociais por receio de contas fraudulentas.
O estudo foi realizado a 1.000 consumidores e 500 empresas em Portugal, pertencentes a 26 países.

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