O estudo “GfK Retail Purchasing Power Europe” analisou as disparidades no poder de compra no setor do retalho europeu em 2023, tendo concluído que Portugal situa-se nos 5.892 euros per capita, ocupando o 15.º lugar na classificação, de entre 25 países da Europa analisados e encontrando-se abaixo da média europeia, que se fixou nos 6.517 euros per capita.
“A subida de preços no retalho e o aumento de preços na venda de bens e serviços de outros setores contribuíram diretamente para este cenário, levando à diminuição do poder de compra e a consequentes alterações nos padrões de consumo dos portugueses”, lê-se na nota de imprensa da GfK Portugal enviada às redações.
O estudo revelou ainda “diferenças regionais significativas” no que toca à distribuição do poder de compra no retalho em Portugal. Dos 308 concelhos do país, 55 apresentaram-se acima do limiar estabelecido na Europa, com Lisboa a liderar a classificação nacional com 7.850 euros per capita, o equivalente a mais 33,2% de rendimento disponível para compras no retalho do que a média nacional.
Torres Vedras é a região que mais se aproxima da média nacional (apenas 3 euros acima), enquanto Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real, regista o menor poder de compra a nível nacional, com apenas 4.456 euros per capita.
Igualmente abaixo da média europeia e atrás de Portugal encontram-se a Itália, a Eslovénia e a Croácia com rendimentos médios entre os 5.318 e os 5.861 euros por pessoa. Em último lugar, está a Roménia, com 2.986 euros, o que corresponde a pouco menos do que 46% da média europeia.
De acordo com o comunicado, Luxemburgo lidera a lista dos países com maior poder de compra, situando-se nos 12.067 euros por habitante. A Suíça e a Dinamarca são os países sucessores na lista, com 11.617 e 9.479 euros per capita, respetivamente.

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