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A sua empresa está preparada para os millennials?

Millennials DH

Um estudo recentemente publicado pela Great Place to Work revelava as peculiaridades dos Millennials no local de trabalho. Uma das gerações mais estudadas dos últimos anos, a geração do milénio tem sido alvo de vários ‘pré-conceitos’ e má reputação no que diz respeito ao seu comportamento no mercado de trabalho: preguiçosos e difíceis de gerir. Mas o estudo agora divulgado vem contrariar todas as ideias até agora veiculadas.

De acordo com a revista Fortune, esta é a geração que está agora a começar família, ou a pensar nisso, e que se tem visto impedida de crescer dentro das organizações devido à falta de reconhecimento como membros valiosos para o crescimento e desenvolvimento das empresas.

“Os millennials querem ser reconhecidos pelo seu contributo, independentemente dos seus míseros salários e do nível de segurança ‘zero’ no local de trabalho. Esta geração anseia trabalhar para gestores que os tratem de forma justa e respeitadora, querem criar ligações positivas como os colegas de trabalho e sentirem-se orgulhosos daquilo que fazem e do impacto que isso tem no mundo”, revela o estudo.

Organizações começam a ouvir com atenção

Segundo o estudo da Great Place to Work, apesar deste segmento da mão-de-obra estar a crescer a um ritmo acelerado, só agora é que as empresas começaram a prestar atenção ao que os millennials têm para dizer.

Por serem nativos digitais e terem crescido com a ‘sombra’ dos ataques do 11 de Setembro e da Grande Recessão, os millennials são, na sua maioria, pessoas que se adaptam com facilidade à mudança, gostam de tecnologia e estão preparados para desencadear ondas de inovação quando colocados nos ambientes certos, com autonomia e incentivo.

“Os millennials serão a força de trabalho mais difícil de gerir da história da Humanidade, mas também serão os que apresentarão melhores performances no local de trabalho. Alguns dos estereótipos negativos acerca desta geração, de que são narcisistas, desleais ou que não conseguem interagir cara a cara, podem ser transformados em atributos positivos quando são compreendidos e aproveitados”, refere a revista.

De acordo com a Great Place to Work, as empresas mais bem-sucedidas na integração dos millennials no mercado de trabalho são aquelas que sabem reconhecer os seus talentos e dar-lhes um papel significativo de forma a que estes possam fazer a diferença dentro da organização.

De acordo com a Great Place to Work, as empresas mais bem-sucedidas na integração dos millennials no mercado de trabalho são aquelas que sabem reconhecer os seus talentos e dar-lhes um papel significativo de forma a que estes possam fazer a diferença dentro da organização.

“Nestas empresas, as decisões de promoção e aumento salarial são executadas de forma justa; todos têm a oportunidade de ser reconhecidos e os trabalhadores têm uma palavra a dizer na tomada de decisões que os afetem. Estes locais de trabalho exibem uma comunicação forte e bidirecional; são orientadas para a tomada de riscos; têm elevados níveis de cooperação e apoio entre colaboradores; e procuram reduzir os obstáculos à inovação através de políticas internas”, refere o estudo.

Para além disso, de acordo com os dados, os millennials distinguem-se das restantes gerações devido ao elevado empenho e compromisso com que encaram as relações de amizade, a família e os hobbies que possuem. As empresas consideradas pela Great Place to Work como as melhores para os millennials trabalharem são aquelas que oferecem maior flexibilidade de horários e a possibilidade de trabalhar a partir de outros locais que não o espaço físico da empresa.

A Great Place to Work acredita ainda que serão os millennials a mudar as gerações anteriores: “quando um colaborador de 20 anos começar a sair mais cedo às sextas-feiras para poder gozar dos seus hobbies e de algum tempo livre, talvez os colaboradores mais velhos se comecem a perguntar por que razão não saem também mais cedo para ir buscar os filhos à escola. Estamos num momento histórico de inflexão e vamos ficar cada vez mais parecidos com eles [millennials]”, explica a Fortune.

Mas que significam estas mudanças para as organizações?

A melhor forma de enfrentar todas estas mudanças é responder de forma direta às necessidades desta geração e tentar compreender as suas características. Não existem evidências de que essas mudanças conduzam a uma maior inovação dentro das empresas ou que levem a um aumento dos lucros, contudo, os números parecem indicar que as organizações que mais procuram integrar os millennials são também aquelas que têm conquistado melhores performances no seu negócio.

“A geração do milénio quer o mesmo que todas as outras: relações de trabalho significativas, ter poder de escolha e oportunidades de aprendizagem. Ao focar-se nestas necessidades, as organizações terão a capacidade de criar um local de trabalho melhor para toda a força de trabalho.”

De resto, a geração do milénio quer o mesmo que todas as outras: relações de trabalho significativas, ter poder de escolha e oportunidades de aprendizagem. Ao focar-se nestas necessidades, as organizações terão a capacidade de criar um local de trabalho melhor para toda a força de trabalho.

De acordo com o estudo da PwC ‘Millennials at work – Reshaping the workplace’, as expetativas dos millennials em relação aos seus empregadores são, porém, bastante diferentes das de gerações anteriores.

Os millennials inquiridos pela empresa revelam que esperam ter vários empregadores ao longo da sua vida profissional, com apenas 18% a revelar que espera ficar na empresa onde trabalha atualmente a longo prazo.

Para a ‘geração do milénio’, o mais importante no trabalho é o desenvolvimento pessoal e o balanço entre a vida pessoal e a carreira, ao contrário das gerações anteriores, que valorizam sobretudo o salário.

Outra revelação é que os millennials preferem comunicar com os seus colegas de trabalho por via eletrónica, seja por email ou outras plataformas. Três quartos dos inquiridos acreditam, inclusive, que o acesso à tecnologia os torna mais eficientes no seu local de trabalho, porém, a utilização de tecnologias parece impulsionar alguns conflitos inter-geracionais no local de trabalho, com muitos dos millennials a indicarem que se sentem privados da utilização de tecnologias por “estilos de trabalho rígidos e ultrapassados”. Ainda assim, valorizam e sentem-se confortáveis em trabalhar com colegas mais velhos, que consideram “mentores”. Por outro lado, 34% refere que a sua motivação pessoal no local de trabalho intimida os colegas mais velhos e 38% acredita que os colegas mais velhos não se identificam/relacionam com eles.

“Para a ‘geração do milénio’, o mais importante no trabalho é o desenvolvimento pessoal e o balanço entre a vida pessoal e a carreira, ao contrário das gerações anteriores, que valorizam sobretudo o salário.”

Para além disso, estes novos trabalhadores esperam progredir de forma rápida dentro das empresas onde trabalham e preocupam-se com as iniciativas de responsabilidade social levadas a cabo pelas organizações, preferindo trabalhar em empresas que admiram enquanto consumidores ou que partilham dos mesmos valores e princípios sociais. Por fim, ficamos a saber que esta é sobretudo uma geração global: 71% gostava de ter pelo menos uma experiência internacional durante a sua carreira profissional.

Saiba mais sobre a importância de redefinir o local de trabalho para a ‘geração do milénio’ no estudo da PwC Millennials at work – Reshaping the workplace ou no site www.rhbizz.pt.

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