As vendas de retalhistas presentes apenas online, como a Amazon e a Asos, vão ultrapassar pela primeira vez as vendas online de retalhistas ‘tradicionais’ no Reino Unido. Os e-retalhistas deverão gerar até ao final do ano vendas no valor de 21,8 mil milhões de libras, um crescimento de 18% face ao período homólogo, enquanto os retalhistas tradicionais deverão fazer vendas online no valor de 21,5 mil milhões de libras, mais 11% do que em 2014.
Os dados são da Mintel, que revela ainda que pela primeira vez, este ano, os consumidores deverão gastar mais em eletrónica de consumo do que em moda online. As vendas de eletrónica de consumo deverão crescer 18% para 12,6 mil milhões de libras e as vendas de vestuário e calçado deverão alcançar os 12,4 mil milhões de libras, um incremento de 14% face ao período homólogo.
Richard Perks, Diretor de Retail Research da Mintel, explica que “o online está a colocar novamente os consumidores no controlo. Os consumidores estão melhor informados e muito menos inclinados para dar ao retalhista o benefício da dúvida.” No entanto, para o especialista, esta tendência poderá reverter com os retalhistas ‘tradicionais’ a começarem a aprender a capitalizar a procura por ofertas online. “Os retalhistas ‘tradicionais’ estão a tornar-se mais confiantes”.
Segundo os dados da Mintel, no Reino Unido, quase metade dos produtos do segmento de eletrónica de consumo são comprados online, enquanto no segmento de moda apenas 19% das vendas são feitas online e nos produtos alimentares essa percentagem decresce para os 6%. No entanto, a compra de produtos alimentares já representa um quinto de todas as compras online, à frente de produtos como CD’s de música e livros.
Até ao final de 2015, as vendas online deverão atingir um valor de 43,3 mil milhões de libras e, de acordo com a Mintel, até 2020, quase um quinto de todas as compras deverá ser feito na Internet.
