iStock A partir de 2026, todas as caixas de self-checkout em Liége, na Bélgica, serão ‘taxadas’ com um novo imposto. O munícipio belga quer fazer os retalhistas pagarem, já no próximo ano, pela automatização das suas operações.
Segundo o noticiado, aprovada no Conselho Municipal desta segunda-feira à noite, esta taxa servirá para proteger empregos e apoiar pequenos comerciantes, sendo que a autarquia defende que a automatização servirá para substituir postos de trabalho.
A medida não foi, contudo, recebida sem espanto ou indignação, com a Comeos, representante do setor, a revelar-se contra a proposta, sobretudo num momento em que o setor atravessa dificuldades.
“Esta medida está a enviar uma mensagem muito negativa ao comércio”, denuncia Lora Nivesse, diretora da Comeos Wallonie. “O setor comercial está numa situação económica e financeira muito complicada, e gostaríamos de ver apoio das autoridades municipais em vez de impostos adicionais que prejudicarão a nossa inovação e desenvolvimento “, afirmou.
De acordo com os defensores da medida, esta taxa garantirá também apoio às pequenas empresas que não têm condições de investir nesse tipo de equipamento e, por isso, mantêm os seus empregados. “Supermercados e grandes shopping centers também competem com todos os pequenos negócios locais que são muito importantes e que queremos priorizar no centro da cidade”, justifica a vereadora Carine Clotuche (Les Engagés).
Com este novo imposto, Liège espera gerar 77 mil euros em receitas no próximo ano.
De ressaltar que, há três anos, o município de Molenbeek também tentou criar um imposto semelhante, o que provocou a ira do Comeos. Poucos meses depois, o Governo de Bruxelas ordenou o cancelamento da medida.
Grandes retalhistas repensam quiosques self-service e compras sem passar pela caixa
