Em 2016, o recrutamento no setor do retalho cresceu 3%. De acordo com a Michael Page , o recrutamento para o setor foi gerado, sobretudo, por empresas multinacionais, responsáveis por 85% dos processos. No que diz respeito às empresas nacionais, as de grande dimensão geraram 13% dos processos de recrutamento e as de média e pequena dimensão geraram 2%.
O estudo agora publicado mostra também que o crescimento do recrutamento dentro do setor foi especialmente significativo nos segmentos do retalho alimentar e restauração, do retalho especializado e do retalho de grande distribuição. O recrutamento no retalho alimentar e restauração cresceu 40%, impulsionado pelo surgimento de novas cadeias de fast food e novos conceitos como a Padaria Portuguesa. No retalho especializado, o recrutamento cresceu 30% motivado pelo aparecimento de novas lojas e no retalho de grande distribuição o crescimento foi de 15%, devido à tendência das lojas de proximidade.
“Em 2016 o recrutamento no setor do retalho cresceu em toda a Europa de modo geral e também em Portugal e houve também uma evolução a nível do produto, com o desenvolvimento de novos produtos para as diferentes necessidades alimentares e o surgimento de lojas de proximidade”, sublinha Carolina Gomes, consultora da Michael Page Retail.
Em relação às médias salariais oferecidas pelo setor em 2016, importa referir que a função de area manager foi a que apresentou a remuneração média mais elevada, variando entre os 26 mil e os 44 mil euros por ano. Entre as funções com média salarial mais elevada, destacam-se também a de diretor de loja que varia entre os 25 mil e os 35 mil euros por ano, a de gestor de produto entre 23 mil e 30 mil euros por ano e business analyst entre 23 mil e 30 mil euros por ano. Na média de nível salarial mais baixo destacam-se as funções de chefe de secção entre 18 mil e 25 mil euros por ano, gerente de loja, que aufere em média entre 15 mil e 21 mil euros por ano e sales assistant entre 11 e 16 mil euros por ano.
Do total de processos de recrutamento realizados em 2016, 54% resultaram na contratação de profissionais do género feminino e 46% na contratação de profissionais do género masculino. 70% dos processos não exigiu profissionais licenciados.
“Se tivéssemos que traçar um perfil do profissional do setor do retalho, em média é do género feminino, tem mais de dois anos de experiência e sem formação académica superior. Por outro lado, nos casos em que é requerida especialização é dada preferência às áreas de gestão e de economia”, refere Luís Mouta Dias, consultor da Michael Page Retail.
Por outro lado, ficamos a saber que as empresas procuram cada vez mais perfis com capacidade de gestão, mesmo para cargos operacionais que não exigem formação específica. Para funções mais especializadas, assistimos a um aumento da procura de perfis no e-commerce, com as funções de business analyst e controler como funções consideradas fundamentais de suporte para o crescimento do negócio.
