iStock As pequenas e médias empresas portuguesas que vendem na Amazon ultrapassaram, pela primeira vez, os 145 milhões de euros em exportações em 2024, consolidando o seu peso no comércio digital europeu e reforçando o papel de Portugal como um dos países mais avançados no digital dentro da UE. Os dados foram divulgados esta terça-feira pela Amazon e revelam um ano de crescimento acelerado, sustentado pela expansão internacional, pela aposta tecnológica e pelo aumento da procura em mercados estratégicos.
No total, as PMEs nacionais venderam mais de 3 milhões de produtos em 2024, um crescimento de 20% face ao ano anterior, equivalente a seis unidades por minuto. Mais de 95% destas empresas exportam para clientes em mais de 110 países, uma taxa de participação muito acima da média europeia. A Europa segue como o principal destino: só para os países da UE27 foram gerados mais de 125 milhões de euros em vendas externas. Espanha, França e Alemanha permanecem como os mercados mais fortes, seguidos pelos EUA e Reino Unido.
“Na Amazon, trabalhamos constantemente para desenvolver tecnologia, ferramentas inovadoras, equipas especializadas, logística eficiente e programas de formação para ajudar as PMEs a crescerem e expandirem os seus negócios globalmente. As PMEs portuguesas têm sido a prova viva de que qualquer negócio, independentemente da sua dimensão, pode aproveitar a nossa infraestrutura para alcançar milhões de consumidores em todo o mundo – tudo isto sem ter de investir na construção do seu próprio website, sistema de pagamento seguro, marketing digital ou equipa dedicada ao comércio internacional. Ao oferecer acesso à nossa infraestrutura global, estamos a impulsionar a competitividade e a inovação, garantindo que estas empresas possam expandir os seus horizontes e contribuir significativamente para o desenvolvimento do mercado global”, afirma Inês Ruvina, Country Lead da Amazon em Portugal.
Este desempenho é particularmente relevante no contexto do grupo D9+, que reúne os países mais avançados digitalmente na UE. Portugal surge entre os líderes: mais de 95% das PMEs portuguesas que operam na Amazon exportam, muito acima da média de 84% dos restantes vendedores da UE27, e mais de 85% das vendas externas são feitas dentro do Mercado Único. O país ocupa hoje o 5.º lugar entre todos os vendedores da Amazon da UE27 no comércio intraeuropeu.
“O excelente desempenho de Portugal entre os países D9+, com mais de 95% das PMEs portuguesas na Amazon envolvidas em exportações, demonstra como o comércio digital pode impulsionar o crescimento internacional. Esta conquista, classificando-se entre as maiores taxas de participação em exportações na UE27, demonstra o poder transformador do comércio eletrónico para empresas de todas as dimensões”, acrescenta Inês Ruvina.
A Amazon sublinha que estas métricas mostram como a infraestrutura tecnológica, logística e formativa da empresa tem ajudado a escalar negócios de menor dimensão. Segundo Inês Ruvina, Country Lead da Amazon Portugal, as ferramentas disponibilizadas permitem que qualquer PME alcance mercados globais sem ter de investir em plataformas próprias, equipas internacionais ou sistemas de pagamento.
O impacto também se faz sentir fora dos grandes centros urbanos. Mais de 35% das PMEs portuguesas presentes na Amazon estão sediadas em áreas rurais ou de baixa densidade, tendo alcançado mais de 60 milhões de euros em exportações só em 2024 — uma demonstração de que o comércio eletrónico está a reduzir desigualdades geográficas e a abrir novas rotas de crescimento.
Black Friday ganha importância como motor de exportações
A Black Friday continua a ser um dos momentos decisivos para o comércio eletrónico e, para as PMEs portuguesas, tornou-se um acelerador de vendas externas. Em 2024, as exportações durante este período cresceram 29,2%, atingindo mais de 7 milhões de euros, com um aumento de mais de 60% no número de unidades vendidas. Beleza, cuidados de saúde e computadores pessoais lideraram as categorias mais procuradas.
Este ano, o evento decorre de 20 de novembro a 1 de dezembro, com novos descontos e maior participação prevista de marcas portuguesas.
