“Vamos fazer o mesmo volume de vendas que no ano passado (2010), 1,5 mil milhões de euros só na área alimentar, excluindo os combustíveis”, disse Anne Saintemarie, presidente do conselho de administração do Intermarché, segundo avança o Diário Económico.
Já os combustíveis correspondem a um valor que rondará os “400 a 500 milhões de euros a mais, o que no total resulta em cerca de 2 mil milhões de euros”, adiantou a responsável.
Sobre a situação de crise económica, Anne Saintmarie adiantou que esta já se faz sentir no consumo. “Sentimos uma descida do cesto médio. O consumidor gasta menos de uma maneira diferente, gasta mais marca própria. Contudo o grupo tem registado que o número de clientes a passar em caixas aumentou entre 2% a 3% este ano (2011) ”.
“Em 2011 já sentimos o pessimismo, mas continuamos a trabalhar a marca própria, temos uma maior oferta da gama e apresentamos ao consumidor uma nova maneira de gastar menos e melhor”, disse.
Para 2012, a aposta vai assentar “nos frescos, mantendo a tendência estratégica atual, e os preços vão ser mais refocalizados”, concluiu.
Gilles Rousseau, um dos administradores do Intermarché, acrescentou que a empresa “está bem adaptada ao que se passa em Portugal em termos de discount, de poupança, desde sempre”.Além disso, “temos uma rede de independentes (os aderentes à rede) que investem em função das necessidades de uma família, temos uma base sólida para ultrapassar esta fase de crise económica”, salientou Gilles Rousseau.