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Fenómeno das ‘encomendas perdidas’ de regresso a Portugal. Eis a entrevista

King Colis D.R.

A King Colis, start-up francesa que tem como missão o combate ao desperdício, vai inaugurar uma loja pop-up de “encomendas perdidos” em Guimarães, entre os dias 15 e 20 de abril.

Serão mais de 10 toneladas de encomendas que não foram entregues ou reclamadas, com conteúdos misteriosos no seu interior. E todas serão disponibilizados ao público em geral.

 

A sua venda será feita “ao peso”, com preços muito atrativos, num fenómeno que tem empolgado os consumidores. Neste evento, tal como nos anteriores, os visitantes podem adquirir os quilos que quiserem e descobrir os tesouros escondidos no seu interior, onde poderão ser encontrados produtos de alta tecnologia, roupas de marca, sapatos, relógios, artigos em pele, produtos de beleza, gadgets, entre outros objetos.

A Distribuição Hoje esteve, por isso, à conversa com o fundador da King Colis, Killian Denis, que nos falou sobre os planos presentes e futuros da eempresa em Portugal.

 

A King Colis está prestes a inaugurar a sua primeira pop-up em Portugal, no dia 15 de abril, no centro comercial Espaço Guimarães. O que podemos esperar desta experiência?

Podem esperar uma experiência de compra única, como não terão oportunidade de ver em mais lado nenhum! O que propomos é basicamente uma caça ao tesouro na vida real: Durante uma semana, estarão à venda mais de 10 toneladas de embalagens “perdidas” com conteúdos misteriosos. Os visitantes podem selecionar todas as embalagens que quiserem, pequenas, grandes, leves, pesadas, macias ou em forma de caixa, comprá-las e descobrir o que está lá dentro. E acreditem, por vezes, encontram verdadeiros tesouros! Por exemplo, em França, um cliente pagou apenas 5 euros por um pequeno pacote e tirou da caixa uma pequena barra de ouro de coleção! É claro que este tipo de achado é raro e que a sorte tem um papel importante no que se pode obter. Não prometemos nada sobre o conteúdo dos pacotes (também não sabemos o que contêm!), mas podemos garantir que visitar a loja pop-up King Colis é sempre um momento muito divertido e emocionante. Faz-nos sentir como uma criança de novo!

 

Quais as vossas expetativas atendendo à procura que já tiveram em eventos semelhantes?

Normalmente, a nossa pop-up atrai um elevado número de visitantes, porque a experiência que propomos é uma novidade e muitos querem experimentá-la. Em Roma, ou em Estocolmo, o evento teve mais de 10.000 visitantes e esgotámos o stock em 4 dias! Não sei se será o mesmo em Guimarães, para o nosso lançamento em Portugal, mas penso que muitas pessoas irão passar por lá…

 

Como funciona o processo de compra na pop-up? E como lidam caso o consumidor não fique satisfeito com o que adquiriu?

É muito simples: os visitantes têm um tempo limite na loja (10 minutos). Durante esse tempo, podem escolher todas as embalagens que quiserem sem as abrir. (podem tocar, abanar, cheirar, ouvir, mas não abrir!). Depois, podem pesar as embalagens na caixa, nas nossas balanças profissionais (exatamente como se faz com os legumes no supermercado), e pagar de acordo com o peso. O preço é de apenas 1,90 euros por 100 gr de “Pacotes Standard”. E depois temos os “Pacotes Premium” que são um pouco mais caros. (2,79 euros por 100 grs). Ninguém sabe o que está dentro das embalagens, nem mesmo nós, por isso, infelizmente, não fazemos reembolsos ou trocas se os clientes não ficarem satisfeitos com o que encontraram, ou se alguns produtos estiverem avariados ou não funcionarem (o que é raro). Há uma parte de risco na experiência The King Colis… Mas é também isso que a torna divertida e emocionante. Só fazemos reembolsos quando os clientes nos devolvem as embalagens não abertas e nas condições exatas em que as compraram.

Quais são alguns dos itens mais surpreendentes que já foram encontrados nestes pacotes?

Honestamente, já vimos de tudo: gadgets, eletrónica, acessórios de moda… Na semana passada, em Itália, um cliente encontrou uma mala Prada! E há três meses, nos Países Baixos, um homem encontrou um Rolex em segunda mão… Mas nem todas as pessoas têm tanta sorte: no Natal passado ofereci pacotes perdidos à minha família e a minha avó, que tem 90 anos recebeu… um brinquedo sexual! História verídica, rimo-nos muito com isso!

A King Colis tem uma abordagem eco-responsável. Pode falar-nos mais sobre isso?

Antes de criarmos este conceito, toneladas e toneladas de embalagens perdidas eram destruídas todas as semanas pelas empresas de logística porque já não serviam para nada e porque os fornecedores, que muitas vezes estão longe (Ásia, América…) não querem pagar os custos de recolha e devolução. Agora, na King Colis, “salvamos” e damos uma segunda vida a milhares e milhares de embalagens perdidas todas as semanas, ajudando assim a reduzir a pegada de carbono do desperdício e a economia circular. É algo de que nos orgulhamos muito. Além disso, as nossas lojas pop-up são 100% ecológicas e feitas com materiais reciclados.

Onde e quando os visitantes podem encontrar a pop-up da King Colis em Guimarães e têm planos para novas pop-ups em Portugal?

A pop-up estará localizada no rés do chão e na praça principal do Espaço Shopping. Será impossível passar despercebido! Estará aberta todos os dias, das 11h00 às 21h00 horas. Naturalmente temos planos para novas pop-ups em Portugal. O nosso objetivo é levar esta experiência única a toda a Europa! Duas pop-ups abrirão brevemente, no Porto e em Lisboa. Mas antes de mais: agora estamos concentrados em Guimarães, e em oferecer a melhor experiência de compras possível aos nossos clientes!

Quem são os rostos por detrás da King Colis?

Killian Denis. 44 anos de idade. Francês. Cofundador da King Colis. Depois de trabalhar 20 anos como guionista para a televisão francesa (com o nome Killian Arthur), decidiu mudar e criar a sua própria empresa. Uma empresa que se baseasse num conceito original e lhe permitisse viajar mais e conhecer o mundo, mas tivesse também um significado ou objetivo ético. Ele e a sócia, Alexis, uma amiga de infância, tiveram a ideia de “salvar” encomendas perdidas durante o confinamento da Covid. Acharam que era uma ideia que se enquadrava exatamente no tipo de negócio que procuravam, estando agora totalmente comprometidos com o projeto.

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