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Retalho

Ciberataques no Reino Unido: M&S perde 300 milhões e Co-op alvo de tentativas de invasão

intrusão iStock

Dois dos maiores nomes do comércio a retalho britânico enfrentam graves impactos devido a ciberataques sofisticados que têm afetado as suas operações e a segurança dos dados.

A Marks & Spencer (M&S), tradicional retalhista com 64 mil colaboradores e 565 lojas, anunciou que o ataque informático de que foi alvo durante os últimos dias lhe vai custar cerca de 300 milhões de libras em lucro operacional.

 

A invasão por parte dos hackers causou a interrupção total da operação online de vestuário, esvaziou prateleiras de alimentos em algumas lojas por incapacidade de gerir stocks e fez com que a empresa perdesse mais de mil milhões de libras em valor de mercado.

A M&S prevê que a perturbação online se mantenha até julho, enquanto restabelece sistemas e retoma as suas operações digitais.

 

A divisão alimentar da empresa também foi afetada, pois sofreu uma redução da disponibilidade de produtos e o aumento dos custos, tendo sido forçada a regressar ao uso de sistemas manuais para controlo, o que afetou a logística e provocou desperdícios. Apesar de melhorias recentes nos fornecimentos alimentares, os setores de moda, casa e beleza continuam a ser fortemente impactados pela suspensão das vendas online.

O CEO da M&S, Stuart Machin, destacou a resiliência da empresa ao longo de 140 anos e garantiu que a organização irá superar este “obstáculo”, reafirmando o seu compromisso para com clientes, colaboradores e acionistas.

 

Co-Op também foi (quase) vítima

Em paralelo, a cadeia de supermercados Co-op informou que continua a enfrentar tentativas contínuas e maliciosas de hackers para aceder aos seus sistemas. A empresa implementou medidas rigorosas para impedir acessos não autorizados, procurando minimizar os impactos para membros, clientes, colaboradores e parceiros.

 

Embora dados pessoais de membros, como nomes e contactos, tenham sido comprometidos, o Co-op garantiu que informações sensíveis, incluindo palavras-passe, dados bancários, transações e detalhes sobre produtos ou serviços, não foram afetados.

Os recentes ataques integram uma vaga crescente de ameaças a grandes retalhistas britânicos, que incluem também Harrods, e estendem-se a nível global, com empresas americanas igualmente a serem alvo, conforme alertado pela Google.

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