O Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, presidiu esta quarta-feira (4 de maio) à sessão de abertura do 10º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, que decorreu em Évora. Durante a iniciativa, o membro do Governo do PS sublinhou a posição de Portugal no panorama internacional da comercialização de vinhos, referindo queo país se tem “afirmado cada vez mais como um produtor reconhecido de vinhos de qualidade”.
Como exemplo, Luís Medeiros Vieira falou do “crescimento contínuo das nossas exportações, que atingiram, em 2015, os 737 milhões de euros, marcando presença em 146 mercados”. Para o Secretário de Estado, “este êxito é fruto da ação conjugada entre a iniciativa privada e as políticas públicas”.
O Secretário de Estado da Agricultura aproveitou também para destacar “a forte dinâmica de investimento, a par da gestão profissionalizada e inovadora, focada nos mercados, aliada à elevada competência dos nossos enólogos” como fatores potenciadores deste sucesso.
Luís Medeiros Vieira falou ainda das várias políticas públicas que nos últimos anos têm servido para revitalizar o setor vitivinícola português, entre as quais “o apoio à reestruturação da vinha, através do programa VITIS, abrangendo 1/3 do património vitícola com apoios que ascendem a 570 milhões de euros”; “o apoio à modernização das adegas e unidades laboratoriais”; e “o apoio à promoção de forma contínua nos mercados externos, com uma alocação anual de 10 milhões de euros”.
Para além disso, relembrou o “crescimento consistente da exportação de vinhos alentejanos”, que em 2015 atingiu os 50 milhões de euros. Para Luís Vieira, este crescimento “resulta de uma forte aposta na reestruturação da vinha (foram reestruturados 12 700 hectares, que correspondem a 20% da área de reestruturação nacional, com apoios de 89 milhões de euros).” O Alentejo é hoje a região do país com “a maior percentagem de vinhos certificados, 34,5% do volume da produção certificada em Portugal.
Por fim, o Secretário de Estado deixou uma mensagem para todos os produtores de vinho nacionais: “Portugal tem de se afirmar nos mercados internacionais não pela quantidade, onde não sairá seguramente ganhador, mas pela qualidade diferenciada e única, assente na trilogia dos nossos solos, clima e castas. A promoção dos nossos vinhos no mundo tem de se focar nesta ideia de território único, que produz vinhos diferenciados, elevada qualidade e com uma excelente relação qualidade preço”.