A FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares iniciou esta semana uma ronda pelos partidos políticos nacionais com o objetivo de discutir os desafios e as prioridades estratégicas para o setor agroalimentar no futuro. Jorge Henriques, Presidente da FIPA, esteve reunido com a Coligação “Portugal à Frente”(PSD/CDS-PP), com o Partido Socialista e com Jerónimo de Sousa, do PCP.
De acordo com Jorge Henriques, a FIPA pretende desafiar decisores políticos, parceiros e sociedade civil para um compromisso nacional que permita que o setor, determinante na economia nacional, “caminhe de forma concertada nos próximos anos e com políticas consolidadas no âmbito da fiscalidade, da internacionalização e da inovação.”
Entre as prioridades que a FIPA define como estratégicas estão o “reforço da competitividade e a aposta na investigação e inovação, a promoção de estilos de vida saudáveis e a existência de um enquadramento legal simples, estável e não discriminatório para as empresas do setor”, segundo um comunicado enviado esta semana às redações.
No documento discutido com os partidos políticos, a FIPA defende ainda a criação de “condições para a implementação e monitorização eficazes de um Código de Boas Práticas que abranja toda a cadeia de valor”, o “enquadramento dos produtos alimentares na taxa reduzida ou intermédia do IVA e reposição do IVA da restauração na taxa intermédia”, o “desenvolvimento de políticas económicas e diplomáticas de incentivo à inovação e diferenciação com vista à afirmação das marcas nacionais”, a “promoção de linhas e seguros de crédito e medidas de financiamento à exportação, a “adequação dos programas de apoio à atividade transformadora, em particular o “Portugal 2020” e o “PDR 2020” e a “adoção de uma política nacional, num clima de diálogo e sustentação científica, para a promoção de estilos de vida saudáveis, valorizando o papel da indústria como parte da solução”.
A indústria agroalimentar é, segundo a FIPA, a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (14,6 mil milhões de euros) como em Valor Acrescentado Bruto (2,6 mil milhões de euros), sendo responsável por mais de 100 mil postos de trabalho diretos e mais de 500 mil empregos indiretos.