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Retalho

Marcas e supermercados aumentam relevância junto do consumidor português

Um estudo de mercado recentemente divulgado pela Centromarca mostra que os portugueses, durante a pandemia de Covid-19, alteraram de alguma forma os seus hábitos. Em causa, no caso concreto, está o facto de no estudo  ‘Covid-19 Fever Wave II’, realizado pela VTMar e analisado por aquela empresa de estudos de mercado e pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, 72% dos portugueses considera que a pandemia veio acelerar consideravelmente a inovação tecnológica nos negócios, sentindo-se mais confiantes com a sua situação profissional”.

Por outro lado, 48% dos portugueses estão convictos de que os supermercados facilitaram o seu dia-a-dia durante a pandemia e 33% no caso das marcas, sendo que 77% dos inquiridos demonstra um dever de gratidão pelo desempenho dos trabalhadores essenciais, isto a par da priorização da recuperação económica (só 5% priorizam ainda o combate à pandemia).

 

“No espaço de um ano, aumentou de 22% para 31% o reconhecimento de que os períodos de isolamento afetaram o bem-estar dos cidadãos, sendo que mensagens que apelem à tranquilidade e à facilidade são as mais alinhadas com os sentimentos dos portugueses”, acrescenta-se ainda.

“As estratégias e previsões baseadas nos dados históricos devem ser feitas com cuidado. Importa considerar os estudos de sentimentos, ativando não só os triggers racionais, mas também emocionais nas mensagens de marca. As mudanças detetadas nos últimos meses ressaltam claramente o facto de os portugueses terem começado a procurar marcas que transmitem tranquilidade e que lhes facilitam o dia-a-dia”, explica Valentina Chkonyia, Managing Partner da VTMar.

 

Pedro Pimentel, Diretor-Geral da Centromarca, realça o facto de, nesta segunda vaga do estudo, ter sido avaliado com mais detalhe o comportamento quer das marcas quer dos retalhistas e, embora em diferente grau, o consumidor avalia positivamente – seja de forma consciente, seja de forma convicta – a atuação de ambos ao longo da pandemia. “Ainda assim, parece não ter sido totalmente percecionado o amplo esforço que as marcas realizaram ao longo deste último ano e meio e isso implica repensar metodologias de comunicação e ser mais eficaz na escolha dos destinatários dos investimentos realizados em matéria de responsabilidade social”, refere.

O estudo ‘COVID-19 Fever – Wave II’ foi realizado em Portugal e em mais 14 países entre abril e junho, com objetivo de conhecer as mudanças nos sentimentos dos consumidores e o que mais valorizam atualmente.

 

Estes resultados foram apurados com recurso ao iCode Smart Test, uma ferramenta inovadora de neuromarketing conjugada com data science, que mede o grau de certeza na resposta (atitude consciente vs. inconsciente, atitude bem estabelecida vs. interiorizada). No iCode, são feitas perguntas simples e o algoritmo mede o que as pessoas respondem (‘verdade’ declarada) e como respondem (‘verdade’ sentida), assim como grava a velocidade e o ritmo com que as pessoas tocam no ecrã. Os algoritmos estimam ainda o quanto as pessoas hesitam quando expressam a sua opinião, pelo que quanto mais confiantes estão, mais relevante algo é para elas ou é mais provável que façam o que prometeram.

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