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Produção

O Gin veio para ficar!

copo de gin Distribuição Hoje
Responsável pela dinamização do setor das bebidas e dos cocktails, o gin é uma bebida com cada vez mais fiéis, autênticos “brand lovers”, que gostam de exibir os seus momentos de pausa com esta bebida. Um novo hábito de consumo, suportado por empresas com tradições históricas, e potenciado por novas experiências com sabores e ingredientes diferenciados que têm caracterizado a evolução do gin em Portugal.

Gin para todos os gostos e feitios. Festas alusivas ao gin. Livros e revistas sobre a bebida. Nos últimos anos, o gin já foi uma moda mas hoje ainda vai mais além: tem revolucionado o país devido a um verdadeiro “boom” que se assistiu em vários países em volta desta bebida. Nas redes sociais, muitos apaixonados por gin partilham as fotos dos seus momentos relacionados com a nova bebida de eleição. A categoria tem vindo a crescer (ver dados da Nielsen em caixa) e a posição das empresas que comercializam o produto no país tem vindo a ser consolidada.

Caetano Beirão da Veiga - EmporSpirits

Caetano Beirão da Veiga, administrador da EmporSpirits

“Enquanto distribuidora nacional de referência, a Empor Spirits tem vindo a registar um aumento das suas estruturas e da respetiva faturação. Face a 2015, o aumento de faturação na categoria gin tem sido estável, com previsões de crescimento até ao final do terceiro trimestre. No que respeita à faturação global da empresa, o gin representou cerca de 30% em 2015. Contudo, e devido à expansão de portfólio da Empor Spirits, este número irá decrescer em 2016”, afirma Caetano Beirão da Veiga, administrador da empresa. Até ao final deste ano, as perspetivas de crescimento “rondam os 23% em termos absolutos face a 2015. No que respeita a categoria gin, o objetivo são 15%”.

O mesmo crescimento é previsível na Pernod Ricard Portugal. “Prevemos crescimentos na categoria de gin que representa atualmente cerca de 11% do negócio em Portugal”, explica Bruno Calvão, Head of Marketing da empresa.

Beefeater - gin - Distribuição Hoje

Na Diageo, “esta categoria cresceu a bom ritmo principalmente pelo bom comportamento do Tanqueray e do Gordon’s, cuja faturação cresceu a dois dígitos durante os últimos anos, sendo o Gordon’s, o gin mais vendido em Portugal onde mantemos um 33% do volume de mercado, de acordo com os dados de Nielsen”, salienta Ana Cláudia Ruiz, diretora geral da Diageo Portugal. O gin ocupa um lugar de destaque no portfólio da empresa, representando “3% da faturação total da companhia a fecho do nosso ano fiscal, em julho de 2016”. Para a responsável, a evolução positiva será uma tendência a permanecer. Também para a PrimeDrinks, o balanço é positivo. “Em 2007, a empresa introduziu o Gin Hendrick’s em Portugal, revolucionando o mercado e dando origem ao segmento de gin super-premium. Com uma garrafa diferenciadora, um posicionamento unusual e com um ‘perfect serve’ surpreendente com pepino num copo balão, Hendrick’s criou um novo hábito de consumo. Assumindo uma posição de pioneirismo no mercado do gin e das bebidas espirituosas, Hendrick’s é hoje uma das marcas estratégicas da PrimeDrinks”, explica Carole Canteiro, Brand Manager.

O core business das Caves Montanha é composto pelo espumante. Apesar de o produto gin começar a ganhar peso para a empresa, ainda não é significativo. “Temos grande know how na produção de destilação e a primeira marca de gin remonta aos anos 70 (Montanha Dry Gin). Abandonámos essa marca, mas continuámos a produzir para outras empresas e marcas. O Friday Chic Gin surge no início de 2016, uma vez que, depois vários anos de investigação e afinação, chegou-se ao produto e conceito desejado; a ‘fórmula’ com a qualidade procurada. Um produto cuja aposta é muito focada no mercado externo”, explica o diretor geral Alberto Henriques.

Mais do que uma moda…

A que se ficou a dever este “boom” associado ao consumo de gin? Na opinião de Caetano Beirão da Veiga, “denotou-se uma falha no mercado, que pedia uma bebida versátil, de qualidade e adaptável a diferentes momentos de consumo e ambientes. Desta forma, assistimos a uma rápida democratização do gin, que se diferencia face a outras bebidas pelo seu processo de produção. Este cenário relativamente recente tem conseguido sustentar-se devido ao interesse crescente do consumidor pelo ‘Do It Yourself’ associado ao gin – atributo este altamente valorizado pelo consumidor do séc. XXI. – e que vem alimentando a curiosidade por novas formas de consumo, através da descoberta de receitas originais que recorrem à utilização de diversos condimentos”. A introdução de novas marcas “já abrandou”, começando as empresas a assistir ao processo de “fidelização do consumidor final a determinadas marcas”, aspeto que acaba por interessar aos representantes de gin em Portugal e por moldar a atividade.

Carole Canteiro, Brand Manager da PrimeDrinks

Carole Canteiro, Brand Manager da PrimeDrinks

Tudo indica que este é um fenómeno que veio para ficar. “Observando a evolução do comportamento do consumidor e do mercado, a procura do gin não pode ser considerada como uma moda mas sim como um novo hábito de consumo. A qualidade do ritual de serviço do gin é uma experiência da qual o consumidor não tem intenção de prescindir”, foca Carole Canteiro. O crescimento da categoria tem ilustrado “o elevado interesse dos consumidores em descobrir novos sabores, explorar combinações de diferentes ingredientes e experimentar novos rituais”, sublinha a responsável.

Na opinião de Ana Cláudia Ruiz, esta não é apenas uma moda passageira. “Há um claro interesse do consumidor português no gin. Na Diageo, comprovamos esta tendência devido ao grande impulso que experimentaram as nossas marcas, principalmente a Gordon’s, um ícone que continua a crescer durante este ano e na qual continuamos a investir, tal como fizemos no ano passado. Outra prova é a profissionalização da coquetelaria e a presença de melhores barman’s na hotelaria portuguesa que ajudaram a revitalizar esta categoria”, defende.

Ana Cláudia Ruiz, da Diageo

Ana Cláudia Ruiz, da Diageo

É grande a variedade associada a esta bebida. “O gin veio dinamizar o setor das bebidas e o mundo dos cocktais, criando grande interesse e procura por parte dos consumidores, que passaram a preferir qualidade a quantidade. É uma categoria que cresce e prevemos que assim continue, nomeadamente nos segmentos premium e super premium.  No entanto, a título de curiosidade, podemos referir que, muito embora o gin seja uma das tendências atuais, não chega a 20% dos volumes da categoria de whisky que continua e continuará a ser a categoria mais importante do segmento de espirituosos”, explica Bruno Calvão.

Desafiar para novas experiências de consumo

O interesse dos consumidores portugueses chegou e abriu portas à introdução no mercado “de uma sucessão de novas marcas, inclusive nacionais; ao aumento de oferta de uma variedade de gins em cada ponto de venda; à multiplicação de bares com a oferta exclusiva de gin; e a uma maior valorização e especialização da profissão de Bartender. Ainda que no último ano tenha apresentado sinais de desaceleração, a categoria continua a registar um crescimento relevante”, explica a Brand Manager da PrimeDrinks.

Reforçar a presença das marcas junto dos consumidores de formas inesperadas e originais, desafiando a novas experiências de consumo. Esta é uma das formas de estar da Empor Spirits. “Recentemente, a Bulldog (distribuída exclusivamente pela Empor Spirits) lançou uma campanha no canal off-trade que consistiu no lançamento de uma edição limitada ‘Ready to Go’, em parceria com a Água Castello. O pack, que esteve disponível durante os meses de verão, consistia numa garrafa de Bulldog e duas de água Castello”, explica Caetano Beirão da Veiga.

<strong>A visão dos grossistas</strong>

No presente ano, a categoria de gin no Intermarché tem estado em linha com o mercado, “crescendo +6,4% em valor, face ao ano anterior”, explica fonte do Departamento Garrafeira Intermarché.

Embora as vendas desta categoria continuem a crescer, sabemos que o boom no consumo desta bebida específica começou há mais tempo, ou seja, a categoria continua a registar um crescimento, mas a um ritmo ligeiramente inferior”, acrescenta a mesma fonte. O linear encontra-se enquadrado nas bebidas espirituosas e está organizado por tipos de gin (floral, cítrico e clássico). “A gama é constituída por uma vasta oferta de produtos, desde as marcas de entrada de gama, com pvp mais acessível até aos gins para consumidores mais conhecedores. De ano para ano, com o aumento da procura desta categoria, temos vindo a aumentar o espaço no linear”. As marcas são conhecidas de todos “e ganham força de ano para ano. O consumidor Intermarché é hoje mais experimentalista e arrisca a compra de novas marcas, havendo necessidade de alargar a oferta”.

Márcio Sampaio - Makro

Na Makro, a categoria “continua bastante dinâmica, apesar de haver uma escolha mais seletiva por parte dos consumidores, hoje mais experientes e conhecedores das marcas de mercado”, diz-nos Márcio Sampaio, gestor comercial DPH&Tabaco Spirits Beers&Softdrinks.

As marcas de gin são relevantes para a Makro. “Acreditamos que atingiu a maturidade e está agora em fase de estabilidade e já com sinais de decréscimo para o futuro. Continuaremos com a aposta em marcas de gin nacionais com qualidade. Há indicadores de uma nova categoria a emergir: o rum”, explica o responsável. A variedade de sortido é adaptada aos vários targets dos clientes e às atuais necessidades de mercado. “Apesar da redução de skus, que é uma consequência natural pelo atual desempenho da categoria – agora numa fase mais madura e com uma clara identificação dos consumos por marcas -, continuaremos a apostar na diferenciação e com particular destaque para as marcas de nacionais, que elevam o nome do nosso país, quer pela qualidade, quer pela apresentação dos mesmos. Temos hoje marcas com medalhas em eventos e concursos internacionais”, conclui Márcio Sampaio.

<strong>Gin à distância de um clique…</strong>

Quisemos conhecer a presença das marcas que participam neste Especial nos vários canais e perceber a importância das redes sociais e das alternativas online. Da web ao ponto de venda, a criatividade não tem limites.

Caves da Montanha – “Estamos a preparar novas ferramentas e a estudar a venda através de um novo canal”, revela Alberto Henriques. A página de Facebook conta com mais de 8000 utilizadores.

 

Diageo – Pretende oferecer experiências únicas aos consumidores. “Pensamos além do momento do consumo. Estamos comprometidos em gerar propostas que nos permitam surpreendê-los continuamente em qualquer momento de interação, já seja no ponto de venda do canal de alimentação, em hotelaria, num evento ou nas redes sociais”, explica Ana Cláudia Ruiz.

Uma das preocupações da marca é a condução responsável. “Em Portugal, trabalhamos em colaboração com a Associação Nacional de Bebidas Espirituosas (ANEBE) na implementação de programas, como o 100% Cool. Também colaboramos com a nova plataforma ‘Servir bem, beber melhor’, onde trabalhamos com membros da hotelaria portuguesa para oferecer-lhes informação que lhes permita servir os consumidores de uma forma responsável”.

 

Empor Spirits – “Tendo a experiência do cliente como o foco da nossa atenção e orientação, temos vindo a adaptar as diferentes equipas e plataformas, de forma a alcançar uma maior personalização da oferta para os diferentes canais. Sabemos que a maioria das nossas marcas, e respetivas referências, integram segmentos mais altos, pelo que  os canais onde operamos acabam por ser mais seletivos e com dinâmicas próprias que, de alguma forma, já vão de encontro às expetativas atuais dos consumidores”, diz-nos Caetano Beirão da Veiga. A página de Facebook conta com quase 8000 seguidores.

Pernod Ricard – “É primordial construir e fortalecer a relação das marcas com os consumidores através de experiências de contacto coerentes e qualitativas. Temos profissionais especializados e dedicados diariamente à informação que inunda o mundo digital, às redes sociais e lançámos este ano uma plataforma de e-commerce. No entanto, estamos conscientes que nesta área ainda temos um percurso pela frente, de forma a potencializar as especificidades de cada touchpoint alcançando o máximo de eficiência e eficácia”, salienta Bruno Calvão.

 

A aposta da marca “Beefeater no mercado nacional é notória, desenvolvendo conceitos e campanhas 100% dedicadas ao consumidor português nomeadamente a criação do ‘Beefeater Hangout Club’, uma loja itinerante concebida a pensar nos amantes de música, moda e gin que marcou presença em vários festivais de verão ou a ação ‘Beefeater Street Art’, onde artistas portugueses foram desafiados a criar uma galeria de arte ao ar livre, aproveitando algumas portadas de lojas com localizações icónicas da noite lisboeta”, acrescenta o responsável.

PrimeDrinks – “Os consumidores são cada vez mais exigentes e informados com as marcas solicitando uma mensagem e uma linguagem comum a cada contacto, independentemente do meio de comunicação selecionado. Temos consciência que em todas as ativações desenvolvidas por Hendrick’s, desde os eventos de marca, materiais de pontos de venda ou comunicação, o seu posicionamento inusitado tem de estar imperiosamente presente. Um dos nossos grandes objetivos tem como base o desenvolvimento e a ativação das nossas plataformas digitais onde pretendemos reforçar a relação com os nossos consumidores e onde é crucial assegurar a essência da marca”, explica Carole Canteiro.

A Pernod Ricard Portugal assume a sua “forte vantagem competitiva” no facto de ter “um dos portfólios mais completos de gin, assumindo, uma estratégia rumo à ‘premiumização’ do mercado do gin com marcas como Monkey 47, Plymouth Gin, Seagram’s, Beefeater e Beefeater 24. São marcas fortes assentes em produtos de elevada qualidade, premiadas e reconhecidas por connaisseurs da área. São marcas com história”, explica Bruno Calvão.  A combinação da qualidade, da história e dos valores artesanais, confere à Diageo “a ambição de continuar a trabalhar para criar bebidas de futuro através da inovação”. As marcas de gin comercializadas pela empresa contam “com um legado dos grandes gigantes desta indústria. Charles Tanqueray e Alexander Gordon foram pioneiros na sua época e, hoje em dia, continuamos a trabalhar e a atuar com o mesmo espírito empreendedor”, explica Ana Cláudia Ruiz.

A responsável adianta que “a marca Gordon’s é reconhecida a nível mundial por ter sido a favorita de Ernest Hemingway. No seu processo de produção, ainda hoje em dia, é utilizada uma receita secreta que só é conhecida por doze pessoas em todo o mundo. “Ao mesmo tempo, estes ícones souberam adaptar-se e evoluir com a aparição de novas tendências e gostos dos consumidores. Tanqueray, o gin preferido pelos barman’s no mundo de acordo com o último ranking da World´s 50 Best Bars, apresentou diferentes inovações no mercado como Tanqueray Rangpur, que oferece um sabor exótico e diferente; e Tanqueray Old Tom, desenvolvida com o apoio de barman’s profissionais e expertos de coquetelaria, respeitando a qualidade e os valores artesanais.  A Diageo  também inovou com outras marcas de esta categoria como Jinzu, o primeiro gin britânico com um twist japonês, inventada pela barman Dee Davis, em conjunto com a Diageo em 2014”, sublinha.

Para este ano, a empresa está a trabalhar numa nova campanha que procura surpreender os consumidores através de uma proposta diferente que “transmite toda a história e valores artesanais de um gin que possui uma longa tradição no mercado”.

Aposta na diferenciação

A garrafa do Friday Chic é produzida em Espanha, de onde viaja para ser pintada na Polónia, e a tampa, em madeira preta e branca, e serigrafada a laser, vem de Itália. A sua originalidade já lhe valeu um prémio na categoria de ‘Best Branding: Packaging’, na edição de 2016 dos ‘Best Awards’, prémios dedicados ao marketing alimentar.

“O conceito, nome e design do Friday Chic Gin têm a assinatura de um dos mais conceituados estúdios especializados em branding e packaging da Europa”, revela Alberto Henriques, salientando alguns dos aspetos que diferenciam este gin de outros no mercado. “Tem um perfil assumidamente eclético, é um gin singular e de elevada qualidade”, diz-nos.

A PrimeDrinks representa o “gin mais unsual da Escócia”, o que se deve “ao processo de produção e origem, mas também à sua comunicação e ritual de serviço”, explica Carole Canteiro. Este gin “tira partido de 120 anos de excelência e de conhecimento na destilação conquistado pela William Grant & Sons, a produtora da marca. É composto por onze botânicos oriundos dos quatro cantos do mundo, é gerado por um casamento único entre dois raros e inusitados alambiques, Carter-Head e Bennet, e destilado em lotes de pequenas quantidades de forma a obter um maior controlo na produção”.

Algumas das marcas portuguesas que a Empor Spirits comercializa diferenciam-se, na opinião do seu administrador, pelo facto de serem produtos nacionais e também devido aos ingredientes de origem portuguesa incluídos na sua produção. “Do nosso portfolio faz também parte uma marca de gin ultra-premium e de nicho, que interessa principalmente a um público mais conhecedor e que procura marcas que apostam na qualidade e exclusividade. No fundo, tentámos ter uma gama heterogénea, de qualidade transversal, para dar resposta aos diferentes níveis de conhecimento e preferências dos portugueses”. A empresa acaba de celebrar o seu mais recente contrato de distribuição exclusiva “com o Gruppo Campari”.

 

“Analisando os últimos anos, não é fácil encontrar no mundo dos FMCG semelhante dinamismo ao do que o gin conheceu. Para se ter uma melhor noção, há apenas dois anos, esta categoria valia menos de metade do que neste último ano. Apesar de toda esta vitalidade, convém ter presente que estes ritmos de crescimento têm sido cada vez menores. Nas últimas semanas, temos mesmo assistido a decréscimos, quando comparando com os respetivos períodos homólogos. De destacar ainda que os hipermercados têm um peso bem acima do verificado no total FMCG (42% vs 26%). Em termos de áreas geográficas, a Grande Lisboa e o Algarve representam quase metade das vendas feitas no Total INA+LIDL (47%)”, explica Tiago Aranha, Client Service Business Partner da Nielsen.

Foram vendidos 691,1 milhões de litros de gin até à 27ª semana deste ano, num crescimento de 27% relativamente ao ano anterior; o correspondente a 13,7 milhões de euros, segundo a Nielsen. Os dados indicam ainda que 11% dos lares portugueses compraram a categoria White Spirits no último ano: compraram duas vezes; 0,80 litros por visita, correspondente a um gasto de 11,26€”.

Fontes: Nielsen Market Track (inclui LIDL) Ano Móvel findo a semana 27/2016 e Nielsen HomeScan / Painel de Lares (Ano Móvel Sem 27/2016)

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