As vendas de vestuário ao exterior aumentaram 23% nos primeiros seis meses de 2021, em relação ao mesmo semestre de 2020, revela os números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em comunicado, a Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção (ANIVEC) explica que “apesar de alguns sinais positivos no vestuário de tecido, esta tendência continua a ser dinamizada pelo de malha”.
A nível de valor, as exportações já recuperaram mais de 273 milhões de euros em relação ao ano anterior e estão agora a cerca de 86 milhões de euros abaixo do valor registado em 2019. Os produtos abrangidos pelo vestuário de malha acumularam um crescimento de 31,7% em relação a 2020 e de 4,4% quando comparado com 2019.
Em termos de mercados individuais, existiu uma evolução positiva por parte do mercado espanhol. No caso do vestuário de tecido houve um crescimento em relação a 2020 (aumento de 0,7%), mas as exportações permanecem abaixo do verificado em 2019 (descida de 27,1).
“Apesar de registarmos uma melhoria substancial relativamente ao início do ano em relação à generalidade das exportações de vestuário, este continua a revelar-se muito difícil para os produtores de vestuário de tecido”, sublinha o presidente da ANIVEC, César Araújo.
“O vestuário de tecido é sobretudo usado em contextos mais formais, como no local de trabalho, e em contextos sociais e de festa. Os confinamentos um pouco por toda a Europa, o encerramento dos pontos de venda e a adoção generalizada do teletrabalho levaram os consumidores a reduzirem, ou até mesmo anularem, as compras deste tipo”, explica.