Os consumidores portugueses estão mais confiantes, tendo o Índice de Confiança dos Consumidores atingido um total de 74 pontos no final de 2016, um valor que, segundo a Nielsen, é “o mais alto desde sempre em Portugal”. Os dados foram esta segunda-feira (20 de fevereiro) revelados pela Nielsen e mostram que o nível de confiança em Portugal ultrapassou o de países como a Finlândia (68), a França (66), a Rússia (63), a Itália (58) e a Grécia (53).
De acordo com a empresa, “as perceções dos consumidores portugueses têm vindo a melhorar significativamente: 36% (+10 pontos percentuais face ao período homólogo) não consideram que o seu país está em recessão económica e 17% (+6 pontos percentuais face ao período homólogo) acreditam numa recuperação económica durante os próximos 12 meses.”
Por outro lado, os dados mostram que 23% dos portugueses possuem boas perspetivas no que diz respeito à sua situação profissional para os próximos 12 meses e que 36% estão confiantes em relação à sua situação financeira.
Isto significa que os portugueses estão também mais disponíveis para consumir: 25% acreditam que os próximos 12 meses serão uma altura para comprar aquilo que necessitam.
Portugueses conseguem poupar mais
Curioso é que a percentagem de consumidores a quem não sobra dinheiro após as despesas está a diminuir – 21% em 2016 face a 38% em 2013. Deste dinheiro excedente, 47% dos portugueses aproveitam para fazer algumas poupanças (um valor acima da média europeia, de 36%) e 11% admitem investir num fundo de reforma.
Para além das poupanças, os consumidores portugueses mostram-se ainda disponíveis para investir o dinheiro excedente em atividades de lazer, com 25% a revelar que o utiliza esse valor em entretenimento fora de cada e 19% a referir que utiliza para fazer férias.
“Há um ano, a situação política nacional era mais instável e a incerteza tomava conta das principais preocupações do consumidor português. Agora mais confiantes, os portugueses passam a preocupar-se especialmente com questões mais pessoais, nomeadamente o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a saúde e a família. Já os europeus continuam a mostrar como principais preocupações o terrorismo, a economia e a segurança profissional. Esta visível melhoria de confiança dos consumidores portugueses, habitualmente pessimistas, poderá ser uma boa notícia para o consumo nacional”, refere Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na Nielsen.