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Sustentabilidade

79% dos consumidores mantêm preocupação ambiental, apesar da incerteza global

79% dos consumidores mantêm preocupação ambiental, apesar da incerteza global iStock

Um novo inquérito global, realizado junto de mais de 14 mil pessoas em oito países, mostrou que, no decorrer deste ano, 79% dos consumidores continuam atentos à sustentabilidade, apesar de se sentirem sobrecarregados e com menor confiança no futuro.

A conclusão é do estudo “What’s Still Stopping Consumers from Living Sustainably?”, realizado pela consultora Bain & Company.

 

Segundo o relatório, 80% acreditam que as suas escolhas individuais fazem diferença, e 70% querem viver de forma mais sustentável, mesmo enfrentando dificuldades de acesso, preços elevados e falta de informação clara. A maioria refere que gostaria de comprar produtos ecológicos, mas esbarra em custos altos, pouca oferta e rotulagem confusa.

Os baby boomers destacam-se como o grupo que mais adotou novos hábitos sustentáveis nos últimos três anos, superando até a Geração Z, tradicionalmente associada à defesa ambiental.

 

Desta forma, os investigadores alertaram que o problema não está nos consumidores, mas nas empresas, que continuam a oferecer produtos caros, de desempenho inferior ou com mensagens contraditórias sobre sustentabilidade.

O estudo mostrou que muitos consumidores estão a reduzir o consumo: 38% compram menos produtos descartáveis, 21% diminuíram o consumo de carne e laticínios e quase um quinto compra em segunda mão.

 

Além disso, os dados revelaram ainda que 63% dos consumidores comprariam mais produtos sustentáveis se fossem mais acessíveis, e que a inovação e a transparência das empresas são essenciais para mudar o mercado.

A análise concluiu que a tecnologia surge como aliada, uma vez que mais de metade dos utilizadores de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, dizem recorrer a estas ferramentas para viver de forma mais sustentável e obter recomendações de produtos amigos do ambiente.

 

Assim, os investigadores concluíram que os consumidores estão prontos para agir, mas precisam que as empresas e os governos eliminem as barreiras, sejam de preço, acesso ou confiança, que ainda os impedem de transformar a intenção em prática.

 

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