A gigante asiática do fast fashion, a Shein, vai abrir as suas primeiras lojas físicas permanentes em França, marcando uma nova etapa na sua estratégia de expansão fora do universo digital.
A empresa iniciará esta aposta em Paris, através de concessões em grandes armazéns, e prevê alargar o conceito a outras cinco cidades: Dijon, Reims, Grenoble, Angers e Limoges.
Em declarações à BBC, a Shein justificou a escolha com o peso do mercado francês, descrevendo-o como um “teste natural” para avaliar a aposta no retalho físico. Até agora, a marca limitava-se a lojas temporárias (pop-up), já testadas em cidades como Lisboa, Madrid e Paris.
As novas lojas serão abertas em parceria com a Société des Grands Magasins (SGM), gestora dos BHV Marais e Galeries Lafayette, e funcionarão no formato “shop-in-shop”. A operação deverá criar cerca de 200 postos de trabalho em França. Segundo a empresa, o objetivo é também “revitalizar os centros urbanos e os grandes armazéns do país”.
Fundada em 2008 na China e atualmente sediada em Singapura, a Shein vende para mais de 150 países sobretudo através da sua aplicação e site. O modelo de negócio, assente na produção rápida de artigos de baixo custo e de tendências, tem gerado críticas devido ao impacto ambiental e às condições laborais associadas.
A escolha de França surge como um passo estratégico para reforçar a presença da Shein no retalho físico europeu, procurando simultaneamente atrair consumidores e responder ao escrutínio crescente sobre a sustentabilidade do fast fashion.
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