LeChat AI O setor do retalho alimentar europeu enfrenta um ano desafiante em 2025, com sinais de recuperação e mudanças significativas no comportamento do consumidor.
Em Portugal, o cenário reflete tanto as tendências globais quanto as particularidades locais, conforme revela o relatório “The State of Grocery Retail 2025: Europe”, publicado pela McKinsey & Company e pelo EuroCommerce.
Em 2024, as vendas no retalho alimentar europeu cresceram 2,4% em termos reais, superando ligeiramente a taxa de inflação de 2,3%. No entanto, a pressão económica persistente levou a um comportamento cauteloso por parte dos consumidores, com uma contenção generalizada nos gastos. Em Portugal, o crescimento foi de 3,5%, impulsionado pela inflação e pela escolha de produtos mais caros, apesar de uma ligeira quebra no volume de vendas.
Desempenho do Retalho em Portugal
Os supermercados lideraram o crescimento em valor, com um aumento de 5,2% nas receitas e um ganho de quota de mercado de 1,1 pontos percentuais, atingindo os 67,6%. Os discounters, por outro lado, registaram um crescimento mais moderado de 2,3%, resultando numa ligeira perda de quota de mercado.
O canal foodservice também manteve a sua trajetória de crescimento, com um aumento de 5,3% em relação a 2023 e um desempenho 26,7% acima dos níveis de 2019.
Perspetivas para o Futuro
Daniel Läubli, Diretor Global de Retalho do Setor Alimentar da McKinsey, destaca quatro prioridades estratégicas para os retalhistas em 2025: reforçar os focos de crescimento, aumentar a eficiência, envolver o consumidor do futuro e tirar partido da inteligência artificial como motor de criação de valor. “O volume está a crescer novamente e alguns consumidores estão dispostos a fazer um upgrade nas suas escolhas. Entretanto, a pressão sobre os custos mantém-se elevada e muitos compradores continuam cautelosos devido à persistência das dificuldades económicas. Identificamos quatro prioridades estratégicas para os retalhistas alimentares em 2025: reforçar os focos de crescimento, aumentar a eficiência, envolver o consumidor do futuro e tirar partido da inteligência artificial como motor de criação de valor”, afirma.
Christel Delberghe, Diretora-Geral da EuroCommerce, sublinha a importância da eficiência de custos num ambiente marcado por pressões geopolíticas e aumento dos custos energéticos. “Num ambiente incerto, marcado por pressões geopolíticas, inflação e aumento dos custos energéticos, a eficiência de custos é fundamental. Ser capaz de tirar partido do Mercado Único para ganhar escala e abraçar novas oportunidades, da crescente procura por produtos saudáveis até às experiências mais personalizadas por parte das novas gerações de consumidores, são algumas das principais alavancas para enfrentar estes desafios e prosperar”, diz Delberghe.
Em suma, o setor do retalho alimentar em Portugal e na Europa enfrenta desafios significativos, mas também oportunidades de crescimento através da inovação e da adaptação às novas preferências dos consumidores.
Tendências de Mercado
O relatório destaca várias tendências que moldarão o setor em 2025:
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Diferenciação das Marcas Próprias: As marcas próprias ganharam quota de mercado, com 84% dos consumidores afirmando que continuarão a comprá-las mesmo com aumento do poder de compra. Em Portugal, houve um aumento de 1,5 pontos percentuais na presença das marcas próprias.
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Procura por Alimentos Saudáveis: A demanda por opções saudáveis e alimentos funcionais está em alta, especialmente entre a Geração Z. Este grupo etário apresenta a maior intenção de priorizar uma alimentação saudável.
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Personalização da Experiência de Compra: Mais de metade dos consumidores afirma que é provável voltar a comprar após uma experiência personalizada. A inteligência artificial está a ser cada vez mais utilizada para personalizar a experiência de compra.
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