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Retalho

Estudo tenta antecipar loja do futuro aos olhos da Gen Z

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As lojas de rua nas principais artérias do Reino Unido poderão ter uma aparência totalmente diferente em apenas 25 anos. A transformação será impulsionada pelo poder de compra e pelas expectativas da Geração Z, cujos hábitos estão a redefinir o conceito de comércio físico.

Segundo o estudo Retail 2050, da American Express em parceria com a consultora de futuros Trajectory, esta geração, a transformação impactará as “áreas de retalho tradicionais em destinos sociais vibrantes, impulsionados por tecnologia imersiva e inovação em IA”.

 

O relatório aponta para uma mudança estrutural: o sucesso das lojas deixará de depender apenas dos produtos e passará a depender da experiência emocional que proporcionam. O retalho do futuro será, desta forma, uma combinação de tecnologia, experiência e comunidade.

O novo papel das ruas comerciais

 

Para a Geração Z, visitar uma rua comercial é muito mais do que comprar. 65% dos inquiridos afirmam que cada visita deve oferecer algo que não esteja disponível online. Quase 80% querem que os futuros destinos de retalho combinem compras, gastronomia, bebidas e lazer.
Além disso, 59% encaram as compras como um “dia inteiro” de passeio, com refeições, cultura e descanso, um contraste marcante com os 30% dos Baby Boomers que partilham essa visão.

A inteligência artificial também é vista como essencial na criação de experiências imersivas. 76% dos jovens acreditam que os retalhistas devem usar IA para enriquecer o contacto em loja, e 60% estão mais inclinados a visitar espaços que ofereçam experimentações digitais ou dicas de estilo geradas por IA.
A hiperpersonalização é outra exigência: 83% querem recomendações e recompensas personalizadas, baseadas em comportamentos de compra anteriores.

 

A Geração Z valoriza igualmente a conveniência. Espera processos de compra sem fricção, com autoatendimento, levantamento rápido de encomendas e guias digitais.
Dois terços antecipam entregas por drones, e 67% acreditam que irão às lojas em carros autónomos.

Para mais, um percentagem superior a 80% deseja uma rotação constante de lojas pop-up e novos espaços para manter as ruas comerciais dinâmicas. Quase 64% querem integração com cultura e arte, como galerias ou teatros, dentro das zonas de retalho.

 

Para Dan Edelman, diretor-geral de serviços comerciais da American Express no Reino Unido, “a Geração Z tem o potencial de transformar as ruas principais britânicas em centros sociais vibrantes, onde retalho, hospitalidade e entretenimento se combinam. As empresas devem oferecer experiências diferenciadas e usar tecnologia para garantir conveniência e personalização”.

Paul Flatters, CEO da Trajectory, vai mais longe: “Estamos prestes a assistir ao renascimento das ruas comerciais como palco para a vida quotidiana. Serão espaços de descoberta, conexão e pertença — onde lojas, coworking, jardins, cozinhas de degustação e centros de bem-estar coexistem”.

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