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Retalho

Jerónimo Martins regista lucros de 269 milhões de euros e cresce 6,6% no primeiro semestre

Jerónimo Martins regista lucros de 269 milhões de euros e cresce 6,6% no primeiro semestre

A Jerónimo Martins registou lucros de 269 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, o que representa uma subida de 6,6% face ao mesmo período do ano passado.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informa que as vendas aumentaram 6,7%, totalizando 17,4 mil milhões de euros. Em termos comparáveis (Like-for-Like), o crescimento foi de 1,6%.

 

A retalhista avançou ainda ter-se registado, nos primeiros seis meses do ano, um “ambiente de consumo tímido”, período que ficou marcado por uma “incerteza acentuada”, que foi alavancada “por turbulência na geopolítica global e instabilidade política nas principais economias europeias”.

Ainda de acordo com a comunicação, “o bom desempenho das vendas e o reforço da disciplina operacional e das medidas de aumento da produtividade permitiram proteger a rentabilidade num semestre que se antecipava difícil, devido à combinação do baixo nível de inflação nos nossos cabazes com a subida dos salários e à estagnação do consumo alimentar”.

 

Relativamente ao EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), cresceu 10,3%, atingindo 1,1 mil milhões de euros, com a margem a subir para 6,6%, face aos 6,4% registados no primeiro semestre de 2024.

Verificando os resultados do segundo trimestre, os lucros da retalhista recuaram 8,9%, para 142 milhões de euros, apesar de as vendas terem crescido 9,6%, atingindo 9,02 mil milhões de euros.

 

Resultados por mercado
Em Portugal, o Pingo Doce registou uma faturação de 2,53 mil milhões de euros. Segundo a comunicação, a conversão de lojas para o conceito All About Food impulsionou as vendas, que cresceram 5,7%, com um “forte” desempenho em termos comparáveis (LFL), excluindo combustíveis, de 3,9%.

Já o Recheio, cadeia de cash & carry, registou vendas de 657 milhões de euros, um aumento de 1,9% face ao primeiro semestre do ano anterior, com um crescimento LFL de 1,6%.

 

Na Polónia, principal mercado da Jerónimo Martins, as vendas da Biedronka aumentaram 7,1% em euros, totalizando 12,4 mil milhões de euros, com um crescimento de 0,9% em termos comparáveis (LFL). A insígnia representou 71% das receitas totais do grupo. Por sua vez, a Hebe registou uma subida de 9,4% na faturação, alcançando 297 milhões de euros, com um crescimento LFL de 1,3%.

Na Colômbia, a Ara registou um aumento de 7% nas vendas, alcançando 1,5 mil milhões de euros no semestre, com um crescimento comparável (LFL) de 5,3%.

“No primeiro semestre de 2025, num contexto de incerteza global persistente, mantivemo-nos fiéis às nossas prioridades estratégicas: garantir a competitividade de preços; compensar a pressão de operar com baixa inflação alimentar e aumento dos custos com pessoal; e executar os programas de investimento”, afirmou Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins.

Segundo o responsável, “a execução do plano de investimento avança sem hesitações”, destacando o arranque das operações da Biedronka na Eslováquia no primeiro semestre deste ano.

Perspetivas da retalhista
Num contexto que continua marcado pela volatilidade, o Grupo antecipamos que o comportamento do consumidor se mantenha prudente e contido, enquanto a pressão concorrencial nos mercados onde opera deverá permanecer “intensa”. Ainda assim, a retalhista avançar que as perspetivas para 2025 mantêm-se, em termos gerais, alinhadas com o que foi apresentado a 19 de março.

De acordo com a comunicação, em Portugal, o comportamento dos consumidores continua orientado para as promoções no setor alimentar.

O Pingo Doce continuará a apostar no seu programa de remodelações, prevendo abranger cerca de 50 lojas ao longo de 2025, estando previsto a abertura de cerca de 10 novas lojas durante o ano.

Já o Recheio manterá o foco em oferecer propostas ajustadas aos diferentes segmentos de clientes, dando continuidade ao seu plano de renovação de lojas, que tem vindo a reforçar a proposta de valor no canal HoReCa. Paralelamente, a rede de parcerias Amanhecer, que já ultrapassa as 700 localizações, continuará a expandir-se, reforça a comunicação.

 

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