A Fnac Darty registou uma receita de 7 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, refletindo um crescimento de 1% em termos comparáveis (LFL) face ao mesmo período de 2024.
De acordo com o comunicado de imprensa, a taxa de margem bruta aumentou 50 pontos base face ao mesmo período de 2024, evidenciando uma melhoria na eficiência operacional e na rentabilidade.
Para Enrique Martinez, Diretor Executivo da Fnac Darty, “apesar das incertezas macroeconómicas e da confiança dos consumidores se manter baixa, especialmente em França, registámos um trimestre muito sólido, impulsionado em particular pelas nossas atividades de serviços e pelas vendas online”.
E continua: “a dinâmica comercial confirma o início de um novo ciclo de renovação de produtos, que já tínhamos antecipado. Os primeiros passos da iniciativa Beyond Everyday são promissores, nomeadamente com o lançamento da marca Darty em Portugal e a abertura de novas lojas, que anteveem os conceitos e experiências que pretendemos oferecer aos nossos clientes nos próximos anos”.
Segundo a nota de imprensa, no mesmo período, a receita atingiu 6.968,1 milhões de euros, representando um crescimento de 33,0% em termos reportados e de 1% em termos comparáveis face ao mesmo período de 2024.
Já no terceiro trimestre de 2025, a receita do Grupo totalizou 2.488,3 milhões de euros, refletindo um crescimento de 34,6% em termos reportados e de 1,6% em termos comparáveis face ao mesmo período de 2024.
O desempenho foi sustentado pelo forte dinamismo em todas as regiões, com um crescimento LFL de +1,7% em França e +1,3% no resto da Europa.
Segundo o comunicado, o trimestre foi impulsionado por um sólido período de regresso às aulas, marcado pelo aumento significativo nas vendas de hardware, pelo lançamento bem-sucedido de uma nova consola e pelo contínuo reforço das atividades de serviços.
No final de setembro de 2025, a taxa de margem bruta registou um aumento de 50 pontos base em termos comparáveis face ao mesmo período de 2024, ou de 55 pontos base quando excluído o efeito dilutivo das franquias.
A comunicação enfatizou ainda que esta melhoria resulta sobretudo da maior contribuição das atividades de serviços, que compensou o impacto negativo do mix de produtos ao longo do período.
No final de setembro de 2025, as vendas online registaram um aumento significativo de 7,6% em termos comparáveis face aos primeiros nove meses de 2024, passando a representar 20% do total das vendas do Grupo.
As vendas omnicanal (Click & Collect) também cresceram em termos comparáveis, correspondendo a cerca de 50% da receita online. Já as vendas em loja apresentaram uma ligeira desaceleração.
Segundo o comunicado, no final de setembro de 2025, o segmento de serviços manteve uma trajetória de crescimento sólido, com resultados positivos na maioria das regiões. A diversificação do portefólio refletiu-se também na expansão contínua das categorias de brinquedos e jogos e material de papelaria.
Os eletrodomésticos registaram também um crescimento face aos primeiros nove meses de 2024 em termos comparáveis. Os pequenos eletrodomésticos mantiveram uma evolução positiva, impulsionada por inovações em tecnologia de beleza e cuidados do lar, enquanto as vendas de grandes eletrodomésticos recuaram, apesar do bom desempenho nas gamas de ar condicionado e refrigeração.
A comunicação também realça que os produtos editoriais beneficiaram do forte impacto do lançamento da consola Switch 2, em junho de 2025. Já o segmento de livros registou uma quebra ao longo do período, refletindo a fraqueza do mercado.
O consumo de eletrodomésticos diminuiu, apesar da recuperação nas vendas de hardware no terceiro trimestre, impulsionada pelo novo ciclo de substituição. Tablets e fotografia registaram forte crescimento, enquanto as vendas de telemóveis recuaram, ainda que os novos lançamentos tenham tido bom desempenho.
Os telemóveis recondicionados mantiveram uma evolução positiva e a televisão foi penalizada pela elevada base comparativa de 2024, associada ao Campeonato Europeu de Futebol.
No que toca a perspetivas para 2025, a taxa de margem operacional comparável — já considerando a integração da Unieuro e a desconsolidação das atividades de bilhética — deverá aumentar 15 pontos base, atingindo 2% a 31 de dezembro de 2025, face aos 1,8% registados em 2024.

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