“Apesar do Governo ter tornado público que o IVA na hotelaria não iria sofrer qualquer alteração, mantendo-se nos 6%, uma das questões que nos preocupa é o facto do serviço de alimentação e bebidas representar em média mais de 40% das receitas das empresas hoteleiras”, refere a AHRESP em comunicado. A taxa real média de IVA paga na hotelaria “não é de 6%, mas sim de 10,5%”, caso se verifique o aumento da taxa de alimentação e bebidas para 23%, o valor médio de taxa de hotelaria “passa para 14,5%, o que é insustentável, dado que os contratos com os operadores turísticos já estão formalizados, pelo menos até ao final de 2012”, valoriza aquela associação.
Desta forma, a AHRESP está “fortemente” convicta que, “com base no diálogo sério e na prevalência do bom senso, é possível reverter a anunciada intenção de aumento da taxa máxima de IVA”, que coloca, “não só em risco a própria subsistência do setor, mas também agrava a recessão económica”.
Após o último encontro tido na Assembleia da República, o presidente da direção da AHRESP, Mário Pereira Gonçalves referiu: “Estamos convictos que o Governo e os restantes partidos políticos ficaram sensibilizados para as preocupações do nosso setor. O turismo, a hotelaria e a restauração são os setores que mais contribuem para a sustentabilidade e para o crescimento da economia de Portugal. Por isso, é fundamental o Estado garantir condições para que estas atividades de negócio possam subsistir nos próximos anos”.
