A Navigator Company vai reduzir de imediato a produção de papel de impressão e escrita não revestido UWF em 15%, em virtude da queda significativa de encomendas das últimas semanas. Contudo, vai manter o rendimento dos seus colaboradores.
A Navigator registou, desde fim do ano, passado um nível muito elevado de encomendas de papel, tendo mesmo atingido a meados de março uma carteira de encomendas que representou o segundo valor mais alto da sua história. No entanto, desde as últimas semanas de março, depois de ter sido decretado o estado de emergência nos principais países em que opera, verificou-se uma significativa redução de atividade económica nomeadamente com o fecho de comércio, escolas, universidades e escritórios.
A empresa viu-se, assim, forçada a reduzir, pela primeira vez na sua história, a produção de papel de forma a adequá-la à atual procura nos mais dos 120 mercados onde opera, suspendendo temporariamente e de forma gradual a produção em algumas das suas máquinas de papel UWF. A suspensão teve início no dia 22 de abril e manter-se-á por um período por estimado de 30 dias.
Com esta medida a Navigator pretende equilibrar a oferta de papel à procura existente, evitando assim a acumulação de stocks na cadeia de abastecimento. Consequentemente, ao longo das próximas semanas, poderá ir ajustando a atual redução de capacidade.
A produção integrada de pasta será ajustada de acordo com as necessidades de produção das máquinas de papel em laboração. A redução da produção de papel UWF não afeta a laboração na fábrica de Aveiro, que continua a operar dentro da normalidade, quer na produção de pasta de celulose para mercado, quer na produção de tissue, estando a fábrica de tissue de Vila Velha de Ródão a operar igualmente como previsto.
A Navigator irá mitigar a expectável quebra de rendimentos proveniente da redução do seu volume de negócios com a implementação de diversas medidas de redução de custos e uma revisão significativa do seu plano de investimentos para 2020. A Empresa dispõe atualmente de uma situação de liquidez confortável, em resultado de um aumento significativo das suas disponibilidades de curto prazo e de uma gestão criteriosa de fundo de maneio, nomeadamente, mas não exclusivamente, controlando os stocks de papel e de matérias-primas e subsidiárias.