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Portugal afirma-se como o hub das empresas de inovação financeira

Hub das empresas

Portugal afirma-se como o hub das empresas de inovação financeira

O relatório Portugal Fintech 2021 faz o retrato do ecossistema de startups que combina finanças e tecnologia e das tendências deste mercado.

 

Portugal está cada vez mais a afirmar-se como um hub para as empresas de inovação financeira, cujo crescimento continua pujante. O talento e a expertise, a visão e trabalho interdisciplinar, as parcerias de inovação e a orientação para a internacionalização desde cedo, são os principais traços que o caracterizam. Além disso, a comunicação e o trabalho conjunto com os reguladores para criar pontes entre a legislação financeira e as fintech, nomeadamente, através do Portugal FinLab, tem permitido enquadrar e acolher estes novos players.

As fintech made in Portugal estão presentes em áreas tão diversas como pagamentos e transferências financeiras, empréstimos e créditos, finanças pessoais, finanças alternativas, cibersegurança, blockchain, mercados de capitais e gestão da riqueza.

 

Em 2021 nasceram sete novas fintech: a Yoonik (pagamentos e transferências financeiras), a Exxo Trade e a Paylink (empréstimos e crédito), Anachron Tech (finanças pessoais), Reflora (finanças alternativas), RM Analytics (mercados de capitais e gestão da riqueza) e a ZHARTA (blockchain).

Através da opinião de empreendedores e especialistas, o relatório elenca algumas tendências:

 

Novos riscos e exposições nos pagamentos eletrónicos: O aumento avassalador das compras online em consequência da pandemia aumenta o apetite dos vendedores por modelos flexíveis de comércio eletrónico que gera uma maior complexidade e risco nos pagamentos, o que requer uma infraestrutura robusta que os torne seguros, confiáveis ​​e simples para compradores e vendedores.

Serviços financeiros vistos como experiência: A lealdade dos clientes para com as instituições financeiras está a ser substituída por uma relação focada na experiência na qual o cliente é posto no centro e controla totalmente a sua vida financeira. Os players financeiros devem não só prestar serviços como contribuir a um grau de alfabetização financeira que realmente capacita o cliente para tomar as melhores decisões.

 

Cooperação banca/fintechs: Cada vez mais a banca está disponível para cooperar com as fintech, oferecendo serviços combinados e explorando novas maneiras de distribuir serviços bancários. Por isso é de esperar que operações de investimento, aquisições e parcerias entre os “novos” e os “velhos” mundos impulsionem a transformação no setor financeiro.

Popularização da tecnologia blockchain: A utilização crescente desta tecnologia possibilita uma abordagem segura e descentralizada das finanças pessoais e tornam maior o interesse e a procura por criptomoedas, cujo funcionamento assenta nesta tecnologia.

Serviços financeiros mais sustentáveis: Promover cadeias de valor transparentes, a diversidade, inclusão e igualdade de género e a economia circular estarão mais e mais nas decisões e gestão dos produtos financeiros.

Novos modelos de trabalho: Os modelos de trabalho híbridos parecem ter vindo para ficar e com eles o crescimento dos nómadas digitais, que procuram produtos e serviços financeiros virtuais, eficientes, simples e globais.

No âmbito regulatório os principais tópicos em discussão são:

Criação de moedas digitais pelos bancos centrais: Trata-se de uma versão virtual do dinheiro emitido e garantido por um banco central. Pode ser uma solução para reduzir a pegada ecológica e ainda prevenir o risco de uso não regulamentado soluções de pagamento, promovendo a inclusão financeira e limitando atividades ilícitas.

Novas fontes alternativas de capital: O financiamento colaborativo é um exemplo. Estas fontes alternativas criam novas classes de ativos para investidores e uma fonte alternativa de financiamento para empresas.

Incorporação da sustentabilidade nos critérios de decisão de investimento: As decisões de alocação de ativos devem considerar também aspetos não financeiros relacionados com as dimensões ambientais, sociais e de governance. Além disso, importa melhorar a transparência, a padronização e o conhecimento sobre esses critérios, evitando assim o greenwashing e garantindo a comparabilidade.

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