iStock Desde 2015, mais de metade dos novos contratos de crédito ao consumo têm sido atribuídos por instituições com atividade especializada.
A conclusão é da segunda edição do estudo sobre o impacto do crédito ao consumo, apresentado no passado dia 29 de maio, na Nova SBE, no âmbito da 19.ª Conferência da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC).
Segundo os dados do estudo, o crédito ao consumo representa atualmente cerca de 23% do montante total de empréstimos concedidos às famílias. Esta proporção tem vindo a crescer de forma consistente desde 2018, apesar das interrupções e flutuações verificadas entre 2020 e 2023.
A análise refere ainda que é estimado que um aumento inesperado de 10% na oferta de crédito especializado resulte, em média, num crescimento de aproximadamente 0,25% do PIB ao fim de um ano e de 0,6% ao fim de três anos.
O estudo destacou também uma melhoria contínua nos indicadores de risco, com a percentagem de devedores em incumprimento a registar uma descida consistente desde o pico verificado durante a pandemia, tanto no crédito à habitação como no crédito ao consumo.
De acordo com a análise, esta evolução é acompanhada por uma redução do rácio de crédito vencido, refletindo não só um comportamento financeiro mais responsável por parte dos mutuários, mas também uma gestão de risco eficaz por parte das instituições financeiras.
Por outro lado, é estimado que um aumento de 10% na oferta de crédito especializado resulte, ao fim de três anos, num crescimento de 5% tanto no consumo de bens duradouros como no investimento.
