Antes de as indicar, há que reforçar que foi uma experiência fantástica. Apesar de não ter gostado da edição do ano passado – talvez por expetativas demasiado altas – este ano, mais focado e já habitado ao “circo” do Web Summit disse “não” a muitas coisas paralelas e foquei-me nas apresentações. E enriqueci em conhecimento. Muito. Ora cá vamos:
- MASSIVE DATA. Há uns anos, aqui mesmo na Distribuição Hoje, começamos a falar de Big Data. Ora esse manancial de informação, que alguém disse não se tratar de Big mas sim de “Massive Data”, está a começar a dar frutos. Em campanhas políticas em produtos comerciais.
- CONTRATE JÁ UMA DATA SCIENTIST. Esta ideia tem a ver com o ponto anterior, mas quem ouvi as talks de Brad Parscale – diretor de campanha para o marketing digital de Donald Trump – e de Rik Strubel, CMO da Axe, ou Alexander Nix da SCL Group, viu que ter criativos a trabalhar em conjunto – e não em silos separados – com Data Scientists traz resultados fantásticos e improváveis: como a própria eleição de Trump.
- ASSUNTOS FORA DA CAIXA. Se o Web Summit é uma conferência apenas dedicada à tecnologia, juro que passo a acreditar no Pai Natal! Mas é esse fato que dá sumo ao Web Summit. Há em tudo um chápeu de tecnologia, mas 60% das conversas são de outras coisas. E isso é bom. Inspira e leva mais pessoas a assistirem. O que tem uma Caitlyn Jenner com tecnologia ou mesmo a atriz Rosario Dawson? É esse mix que traz interesse e elevação ao evento.
- INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL. Assustador e interessante ao mesmo tempo. Há uns anos Steven Spielberg realizou um filme chamado Inteligência Artificial. Parece futurismo mas se calhar os nossos filhos, quando tiverem a nossa idade vão poder vivê-lo. Depois de ver o Einstein e a robot Sophia (que, tal como Rosário Dawson disse: um robot que já tem cidadania enquanto existem milhares e milhares de refugiados que desesperam pelo mesmo..), senti uma espécie de enjoo por serem humanoides. Prefiro robots como aparecem na Star Wars, com aspeto de robots. E apetece mandá-los para as Minas ou explorarem Marte. Parafraseando Cavaco Silva: deixem-nos trabalhar! Ouviram, robots?
- SUSTENTABILIDADE. Sim, Al Gore foi o último speaker e ficou na nossa memória mais fresco que outros de outros dias, mas de fato a tecnologia pode fazer muito pela sustentabilidade do planeta. E muitas pessoas podem ganhar dinheiro com isso. A plateia do Web Summit estava cheia de Millennials e de Geração Z e esta geração está focada em recuperar o planeta daquilo que os Baby Boomers e geração seguinte andaram a fazer. Não tarde estes “miúdos” estão a mandar em empresas e na política. Quem estiver desperto para esta realidade, está um passo à frente da concorrência.
E parafraseando o Presidente mais afável que Portugal alguma vez teve: “não só no próximo ano, mas em 2019 e 2020, seja Lisboa, Portugal”. Que venham mais edições do Web Summit, e que os profissionais em Portugal possam absorver o que de melhor se faz por lá.