Direitos Reservados Clávio Cristo, diretor de marketing da JOM, empresa de origem portuguesa que está a celebrar 29 anos de atividade, esteve à conversa com a Distribuição Hoje para fazer um balanço do crescimento da marca.
Abordando as tendências e dinâmicas do mercado, o gestor abriu ainda a porta para as chaves do sucesso da JOM em território nacional, lembrando que a diversificação de áreas de atividade tem também sido crucial.
Tudo para conferir nas próximas linhas.
O Grupo JOM comemora 29 anos de atividade. Quais considera serem os principais marcos e conquistas ao longo dessa jornada?
Ao longo de 29 anos, o Grupo JOM consolidou-se como uma das principais referências no setor do mobiliário e artigos para o lar em Portugal. Entre os marcos mais relevantes destacam-se: A expansão da rede nacional de lojas, com presença em todas as regiões do país, incluindo a recente abertura da 28.ª loja, em Felgueiras; O desenvolvimento de unidades industriais próprias, que asseguram autonomia e controlo sobre a oferta; A operação de três centros logísticos estrategicamente localizados em Guimarães, Aveiro e Santarém; A aposta no e-commerce, com o crescimento contínuo da loja online jom.pt; A diversificação do modelo de negócio, que hoje integra retalho, indústria e investimento imobiliário; A criação de retail parks próprios, como modelo de requalificação e reposicionamento comercial em várias localidades. Estes marcos refletem um percurso de crescimento sustentado, focado na proximidade ao cliente e na eficiência operacional.
O Grupo JOM tem experimentado uma expansão significativa. Quais foram os fatores-chave para o sucesso desta expansão e como conseguiu o grupo manter a sua liderança no mercado de retalho?
A expansão do Grupo JOM baseia-se numa estratégia sólida e bem estruturada, ancorada em conhecimento do mercado, agilidade na tomada de decisão e execução com recursos próprios. A capacidade de conjugar produção, distribuição e retalho permite-nos agir com rapidez e consistência. A presença em todo o território nacional, o desenvolvimento de formatos comerciais adaptados a cada região e a forte ligação à realidade local têm sido decisivos para manter a nossa posição de referência.
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Quais foram os principais desafios que o Grupo enfrentou ao longo dos anos e como os superou, especialmente durante períodos de crise económica ou mudanças de mercado?
O Grupo JOM enfrentou, como tantas outras empresas, crises económicas recentes, nomeadamente os desafios provocados pela pandemia e pela instabilidade nos mercados internacionais. A capacidade de resposta assentou numa gestão financeira rigorosa e investimento prudente, no ajuste dinâmico da oferta de produtos, no reforço da produção própria e do aprovisionamento nacional, assim como na aposta na plataforma online como canal complementar de venda e comunicação. A resiliência, aliada à experiência acumulada, tem permitido ultrapassar os ciclos adversos com estabilidade e confiança.
Como vê o futuro do Grupo JOM nos próximos anos? Quais são os principais objetivos para os próximos 5 a 10 anos em termos de crescimento e inovação?
A inovação continuará a ser orientada pela procura de soluções práticas e acessíveis, ajustadas às necessidades dos consumidores portugueses. Nos próximos anos, podem esperar do Grupo JOM:
- Consolidação da presença nacional e modernização de ativos existentes;
- Aposta crescente no e-commerce;
- Ampliação e modernização das unidades industriais, com foco em tecnologia, produtividade e sustentabilidade;
- Exploração de novos formatos de loja, mais compactos, urbanos e de proximidade;
- Internacionalização seletiva, através do canal online, sempre alinhada com a visão estratégica da empresa.
O Grupo JOM adota um modelo de negócio integrado, abrangendo comércio, indústria e investimento imobiliário. Quais as vantagens que este modelo oferece em relação a outras empresas do setor de retalho?
O modelo integrado permite ao Grupo JOM controlar a cadeia de valor, otimizando custos e tempos de resposta, sem comprometer a qualidade. Ao desenvolver espaços comerciais próprios e controlar a produção, conseguimos adaptar rapidamente a oferta ao mercado, agir com maior autonomia estratégica, ajustar a produção e a oferta de soluções à procura real dos consumidores. É um modelo que assegura maior eficiência, proximidade ao cliente e uma proposta de valor diferenciadora.
Como têm conseguido manter a vossa competitividade, especialmente num mercado com tantas opções? O que distingue a JOM dos seus concorrentes mais diretos?
A competitividade da JOM resulta de uma oferta ampla e transversal para o lar, de uma relação preço-qualidade sustentada pela produção própria e de um modelo comercial centrado no consumidor português e na sua realidade. A capacidade de adaptação, a proximidade ao mercado e a gestão com visão estratégica fazem a diferença face a outros operadores do setor.
A produção própria de mobiliário nas suas fábricas tem sido uma vantagem estratégica? Como garante o Grupo JOM a qualidade e inovação dos seus produtos a partir dos seus polos industriais?
Sem dúvida. A produção própria é uma das bases do nosso modelo. Permite-nos desenvolver linhas exclusivas e ajustar rapidamente o portefólio. A inovação e qualidade são garantidas através de investimento em maquinaria e tecnologia industrial, de uma equipa técnica experiente e colaborativa e do controlo de qualidade em todas as etapas de produção. Esta integração permite-nos responder com agilidade às exigências do mercado e assegurar competitividade.
A sustentabilidade tem vindo a ser um tema cada vez mais relevante no setor de retalho. Como o Grupo JOM está a integrar práticas sustentáveis nos seus processos industriais e comerciais?
A sustentabilidade é uma transformação transversal pela qual todas as empresas estão a passar. No Grupo JOM, temos vindo a integrar medidas com impacto real, nomeadamente a utilização de veículos elétricos na frota comercial, a melhoria da eficiência energética nas lojas e unidades operacionais e a redução de consumos e otimização logística. Encaramos a sustentabilidade com um forte sentido de responsabilidade social e ambiental, mas numa perspetiva evolutiva e realista.
A experiência do cliente tem sido uma prioridade para o Grupo JOM. Quais iniciativas têm sido implementadas para melhorar a experiência de compra e atendimento nas lojas físicas e no comércio online?
Nos últimos anos, temos focado esforços na remodelação dos layouts das lojas, com o objetivo de proporcionar uma experiência de visita mais fluida, conveniente e agradável. A organização dos espaços, a acessibilidade aos produtos e a sinalética foram pensadas para tornar a jornada do cliente mais intuitiva e confortável. No que concerne o comércio eletrónico, a JOM tem vindo a implementar melhorias constantes, incluindo automações e funcionalidades baseadas em inteligência artificial.
Existem planos para expandir a vossa oferta digital e de lojas?
Sim. A JOM pretende reforçar o e-commerce, apostando na entrada em novos canais online, na melhoria da experiência de utilização e da informação disponibilizada ao cliente e, ainda, na integração logística mais eficiente. Paralelamente, continuamos a alargar a nossa rede de lojas físicas, com foco em retail parks próprios, aproveitando as vantagens do modelo de negócio vertical do grupo.
O Grupo tem planos de diversificar ainda mais os seus negócios ou apostar em novas áreas de atuação?
Embora o foco atual esteja na consolidação e reforço do modelo existente, o Grupo está atento a oportunidades que possam complementar a sua atividade principal, nomeadamente em áreas ligadas à tecnologia, serviços ou ao fornecimento de produtos e soluções para o lar que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Qualquer nova aposta será avaliada com base na sua coerência estratégica e criação de valor para os clientes.
