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Retalho

7 em cada 10 compradores querem ferramentas de compras baseadas em IA

7 em cada 10 compradores querem ferramentas de compras baseadas em IA iStock

Sete em cada dez compradores online a nível mundial querem que os retalhistas ofereçam funcionalidades de compras com inteligência artificial (IA). É uma das conclusões do relatório E-Commerce Trends Report 2025, divulgado pela DHL eCommerce.

Segundo o estudo, os experimentadores virtuais, os assistentes de compras com IA e a pesquisa de produtos por voz estão no topo da lista de funcionalidades que os consumidores querem utilizar na sua experiência de compra online.

 

Ao mesmo tempo, a análise avançou ainda que as compras através de comandos de voz já estão em ascensão, com 37% dos compradores globais – e quase metade dos utilizadores de comércio social – a fazerem compras com mãos livres.

A investigação, que tem por base informações recolhidas junto de 24.000 compradores online em 24 mercados globais chave, revelou ainda que o tradicional website de comércio eletrónico está a ser cada vez mais substituído – ou ultrapassado – pelas plataformas sociais. Os consumidores estão a recorrer a aplicações como o TikTok, o Instagram e o Facebook não só para descobrir, mas também para comprar.

 

Sete em cada dez compradores afirmam já ter efetuado uma compra através das redes sociais, e a mesma percentagem espera que estas plataformas se tornem o seu principal destino de compras até 2030.

A influência social desempenha um papel cada vez mais determinante nas decisões de compra, com 82% dos consumidores a admitirem que as tendências virais e o “burburinho” nas redes sociais impactam diretamente o que escolhem comprar.

 

O TikTok, em particular, está a transformar mercados como o da Tailândia, onde 86% dos compradores online já realizam compras através da aplicação. A nível global, quase metade da Geração Z utiliza a plataforma para adquirir produtos. Esta mudança representa uma transformação significativa na forma como e onde as marcas precisam de interagir com os seus públicos, exigindo experiências fluidas, mobile-first e pensadas para a conversão diretamente na aplicação.

Para Pablo Ciano, CEO da DHL eCommerce, o estudo “analisa as tendências e os desenvolvimentos que moldam as compras online em todo o mundo para ajudar os nossos clientes a desenvolverem os seus negócios. A logística desempenha um papel crucial neste processo, e nós vemo-nos como um parceiro vital, oferecendo aos nossos clientes conhecimentos relevantes, experiência e soluções para impulsionar o seu sucesso”.

 

Entrega e devolução
Apesar do avanço das novas tecnologias na transformação da experiência de compra digital, os principais motivos para o abandono do carrinho continuam a estar ligados aos aspetos básicos da entrega e das devoluções. Os consumidores exigem conveniência, flexibilidade e controlo, não estando dispostos a ceder nesses aspetos. Prova disso é que 81% afirmaram abandonar a compra se a sua opção de entrega preferida não estiver disponível, enquanto 79% fazem o mesmo quando o processo de devolução não corresponde às suas expectativas.

A confiança é também um fator decisivo, com três em cada quatro consumidores a afirmarem que não comprariam a um retalhista se não confiassem no parceiro responsável pelas entregas e devoluções.

Sustentabilidade e economia circular
A nível global, 72% dos compradores já consideram critérios de sustentabilidade nas suas decisões de compra online. Para muitos, essa preocupação vai além da embalagem ou do método de envio, pois um em cada três consumidores afirmou ter abandonado o carrinho de compras devido a preocupações ambientais. Entre a Geração Z, esse número sobe para quase metade.

Os consumidores estão a adotar cada vez mais modelos de consumo circulares, com mais de metade a preferir produtos em segunda mão ou recondicionados, sobretudo motivados tanto por preocupações ambientais como por benefícios económicos.

Paralelamente, 58% dos compradores afirmaram estar dispostos a participar em programas de reciclagem ou recompra promovidos pelos retalhistas.

Segundo o estudo, até 2030, as vendas através das redes sociais deverão atingir os 8,5 biliões de euros, um crescimento que representa doze vezes o volume atual.

 

 

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