iStock A Start Campus, em parceria com a Nscale, anunciou a “primeira e maior colocação” de chips de última geração (GPUs Blackwell Ultra GB300) da NVIDIA na União Europeia (UE), localizada no centro de dados SIN01, em Sines.
De acordo com o comunicado de imprensa, a iniciativa reforça o papel das duas empresas como parceiras estratégicas em infraestruturas de inteligência artificial (IA), ao apoiarem a Microsoft no fornecimento de recursos avançados de IA em toda a União Europeia (UE).
A nota de imprensa também dá conta de que a Nscale, plataforma global de inteligência artificial nativa com sede na Europa, escolheu Portugal e a Start Campus pela localização estratégica, pela capacidade de execução e pelo potencial de expansão. A nova infraestrutura deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2026, no SINES Data Center.
O centro de dados de Sines foi projetado para suportar densidades superiores a 130 kW por módulo, recorrendo a energia 100% renovável e a um sistema de arrefecimento de elevada eficiência, garantindo condições ideais para operações de inteligência artificial em grande escala.
“Este é um momento decisivo para a Start Campus”, afirmou Robert Dunn, CEO da empresa. E continua: “com esta parceria, o nosso primeiro edifício SIN01 atinge a sua capacidade máxima, já se encontrando em expansão devido à elevada procura, e comprovando que o SINES Data Campus é um exemplo de sucesso a nível mundial, preparado para receber volumes de trabalho de IA de última geração”.
Já para Josh Payne, CEO e fundador da Nscale, “a IA precisa do ambiente certo para prosperar – um ambiente que combina dimensão, resiliência e sustentabilidade. Esta colocação em Sines sublinha a nossa capacidade de fornecer uma infraestrutura avançada no espaço da União Europeia, com a capacidade tecnológica necessária para suportar os volumes de trabalho mais exigentes na atualidade”.
De acordo com o Ministro da Economia e Coesão Territorial, Castro Almeida, “este investimento em Sines confirma a confiança internacional em Portugal como destino de inovação e tecnologia, reforçando a nossa posição na economia digital global e criando condições para atrair talento e investimento de elevado valor acrescentado. É um exemplo claro de como o país pode liderar na transição para uma economia mais verde e inteligente”.
Por sua vez, o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, destacou o impacto estratégico do projeto, realçando que o mesmo “exemplifica dois aspetos fundamentais na estratégia de desenvolvimento de políticas públicas em torno de infraestruturas críticas. Em primeiro lugar, é importante salientar que a governação deve ser feita considerando as gerações futuras e garantindo a sustentabilidade a longo prazo das políticas públicas. Em segundo lugar, Sines demonstra a convergência da transição digital com a posição geográfica única de Portugal, particularmente nesta localização, que desempenha um papel geoestratégico relevante ao tornar-se um centro digital líder para a futura colocação de novos cabos submarinos”.
