Coca-Cola é Coca-Cola. Não é bem assim e é, precisamente, isso que a companhia vai passar a mostrar, a partir da próxima segunda-feira, aos consumidores portugueses.
Decorrente desta evolução e para tornar ainda mais clara a informação disponibilizada ao consumidor, a Coca-Cola Zero Açúcar passa a ser denominada Coca-Cola Sem Açúcar, Coca-Cola Light é intitulada Coca-Cola Sabor Light e a Coca-Cola Zero Açúcar Zero Cafeína é designada Coca-Cola Sem Cafeína Sem Açúcar, não existindo qualquer alteração na Coca-Cola Original, exceto a inclusão da referência “Desde 1886”.
Toda esta informação passa a estar numa faixa superior que distingue a variedade de Coca-Cola, com a cor vermelha a predominar as embalagens nas latas, sendo que nas garrafas a identificação passar a ser possível pela cor das tampas.
Para dar o kick-off, foram escolhidas 50 das principais lojas da distribuição moderna, com foco nas lojas com mais vendas e fluxo de visitas, ficando o processo concluído até ao final do mês de janeiro.
Para Tiago Santos Lima, diretor de Relações Externas da The Coca-Cola Company para Portugal, este novo passo “materializa a estratégia iniciada em 2016 de marca única. Com esta nova etapa, mantemos a essência da Coca-Cola, reforçamos os elementos icónicos e os seus valores diferenciadores, com uma aposta clara em celebrar a icónica cor vermelha em qualquer uma das opções da família Coca-Cola, sempre com o consumidor em primeiro lugar”.
Além das novas denominações, passa a estar, igualmente, visível um elemento de compromisso com o ambiente, fazendo referência ao fato de todas as embalagens serem 100% recicláveis, salientando, assim, o compromisso global da companhia em recolher e reciclar, até 2030, o equivalente a todas as latas e garrafas que comercializou.
De resto, a preocupação com o ambiente e a sustentabilidade é um fator-chave, salientando Tiago Santos Lima à DISTRIBUIÇÃO HOJE que “o consumidor tem essas questões cada vez mais presentes no seu dia-a-dia e aquando da escolha de um produto que pretende consumir. Hoje já não é um ‘nice-to-have’ quando se elabora um budget, mas sim um ‘must-have’”.
Também a referência à “Portugalidade” passa a estar presente nas embalagens, neste caso, fazendo a alusão ao local de produção, ou seja, Coca-Cola European Partners Portugal, em Azeitão.
É daqui que saíram, em 2018, 200 milhões de litros, correspondendo a 90% das vendas de Coca-Cola em Portugal.
Relativamente ao comportamento do consumidor, Márcio Cruz, diretor de Comunicação e Public Affairs da Coca-Cola European Partners para Portugal, admite que “as novas gerações tiveram impacto nas vendas das ‘novas’ Coca-Colas”, com a Zero, a registar o maior crescimento, face às suas “concorrentes” que se mantêm estáveis.
No que diz respeito ao retalho, esta nova comunicação em linear foi “bem acolhido”, segundo confidenciou Márcio Cruz”, passando a verificar-se que 70% da mancha nas prateleiras da distribuição moderna passará a ser ocupada pelas variedades, ficando os restantes 30% reservados à Original.
Sem referir números de vendas, habitual na política da companhia, os responsáveis da revelaram que esta nova identidade visual da Coca-Cola correspondeu a cerca de 30% do budget de marketing, deixando Tiago Santos Lima a certeza de que “ao longo do ano vão existir mais novidades da Coca-Cola”.