iStock As maiores fintech registaram em 2024 um crescimento de 21% na receita, alcançando 231 mil milhões de dólares (199 mil milhões de euros), mais 8 pontos percentuais do que no ano anterior, de acordo com um estudo da Boston Consulting Group (BCG).
Segundo a BCG, a indústria fintech registou um crescimento cerca de três vezes superior ao do setor financeiro tradicional no período analisado.
De acordo com o estudo “Global Fintech 2025: Fintech’s Next Chapter: Scaled Winners and Emerging Disruptors”, que analisou apenas fintech com receitas superiores a 500 milhões de dólares (430 milhões de euros), a margem média de EBITDA das fintech cotadas cresceu 25% em 2024.
Além disso, 69% destas empresas tornaram-se lucrativas, face a menos de 50% em 2023.
Apesar do ritmo acelerado de crescimento, continuam a representar apenas 3% das receitas globais do setor financeiro.
A nível regional, os Estados Unidos da América (UEA) lideram o setor, concentrando 52% das receitas globais — cerca de 120 mil milhões de dólares —, seguidos da China, com 16%.
O estudo, que se baseou em entrevistas a 60 presidentes executivos e investidores de fintech, aponta ainda que o setor financeiro será impulsionado por quatro grandes tendências tecnológicas, destacando-se como principal a inteligência artificial (IA) agentiva, assente em agentes de IA autónomos.
Neste contexto, apesar de representarem apenas 23% do mercado, as fintech baseadas em IA concentram 49% do financiamento total do setor, evidenciando a aposta dos investidores nesta nova geração tecnológica.
A consultora apresentou ainda no documento várias recomendações, incluindo orientações dirigidas aos reguladores.
De acordo com a BCG, os reguladores devem estabelecer um enquadramento claro, ágil e harmonizado, sobretudo no que se refere à IA e aos ativos digitais, cuja regulamentação permanece incerta e limita a inovação. A BCG recomenda ainda aos bancos que se aliem às fintech para manterem a competitividade.
