Um documento recentemente libertado pela consultora Infinite Blue mostra que a cadeia de abastecimento continua a ser uma preocupação para líderes da cadeia de abastecimento e responsáveis de resiliência nas empresas.
Segundo o explicado, durante os próximos 24 meses é e esperada uma maior disrupção da cadeia de abastecimento do que no ano anterior, com 68% dos inquiridos a prever este cenário para a sua empresa.
Em termos da variabilidade da disrupção ou as suas causas, 44 pôs em primeiro lugar a situação económica global e disrupções no mercado como a maior ameaça. Cerca de 23,4% disse esperar que desastres naturais fossem o maior motivo de disrupção, com 15,6% a pôr no topo da lista disrupções previstas.
Face a este ‘desenho’ panorâmico, 61% disse estar a preparar investimentos internos para navegar neste cenário complexo, com 36% a concordar fortemente e 25% a concordar relativamente à importância de planos Business continuity (BC) and disaster recovery (DR) e planos de resiliência.
Frank Shultz, CEO e fundador da Infinite Blue, em comentário à publicação Supply Chain Brain, lembra que esta preparação é uma tendência que tem vindo a ganhar tração no mercado, sendo que, na opinião deste especialista, estes planos deveriam merecer ainda mais atenção.
“As empresas estão atualmente mais envolvidas em programas de resiliência do que alguma vez nas últimas duas décadas. Digo sempre aos profissionais de resiliência para alinharem os objetivos da empresa com o que estão a tentar proteger em resiliência. Não se trata apenas de responder a desastres, mas de proteger o lado positivo”, argumenta.
“Acho que as pessoas estão muito nervosas com as tensões geopolíticas em 2024, tanto a nível nacional como internacional, devido a alguns dos efeitos da cadeia de abastecimento que estamos a ver como resultado das guerras que estão a acontecer”, argumentou Shultz, sentenciando: “Vai piorar antes de melhorar do ponto de vista da pressão, mas isso não impede as empresas de serem capazes de planear e responder a essas pressões”.