Com a presença do Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, na sessão de abertura, a Associação Portuguesa de Logística arrancou hoje o seu 19º Congresso. São dois dias dedicados a debater a mudança e os desafios que esta representa para todos os que se fazem da logística o seu dia-a-dia. “Como área de operações, a logística tem de estar à altura para responder aos desafios levantados pela mudança”, disse Alcibíades Paulo Guedes. Uma mudança que “veio para ficar e nunca aconteceu a um ritmo tão grande como hoje”, nas palavras do Presidente da Direção da APLOG.
A revolução industrial 4.0, que passa pela digitalização da economia, já começa a ser uma realidade em muitos setores, do turismo à indústria. Na logística já é visível em tecnologias como a robotização avançada, a virtualização da supply chain, o omnichannel, a impressão 3D ou as entregas via drones, entre outros exemplos. É fundamental ter capacidade de adaptação e de repensar a cadeia de abastecimento pois “os que melhor e mais rapidamente se adaptarem são os que estarão melhor preparados”, concluiu Alcibíades Paulo Guedes.
Ao governo compete iniciar a discussão sobre a Indústria 4.0 e às empresas agir, para garantir que Portugal consegue um lugar na linha da frente, segundo João Vasconcelos, que enumerou as iniciativas do Governo para promover o debate sobre o tema e conseguir que “exista uma base qualificada de soluções para a Indústria 4.0 a partir de Portugal”. As empresas não devem temer a digitalização, disse, pois têm nela “um aliado para melhor gerirem as suas cadeias de abastecimento”.