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Logística

Bons dados levam a decisões fundamentadas

Big_Data

Os dados são o combustível dos negócios. No entanto para isso há que cumprir alguns requisitos prévios, tal como se verificou na primeira videoconferência do i-Data Meeting, evento organizado pela IFE by Abilways. Flávio Guerreiro, country manager da LPR, deu o exemplo da redefinição dos centros logísticos levada a cabo pela sua empresa. Após um estudo criterioso da rede (potenciais centros de logística, localização dos clientes e pontos de recolha) foi possível definir a localização ideal. Mas conseguir isso a empresa de logística – que entrega, recolhe e requalifica mais de 95 milhões de paletes por ano, em 11 países europeus – contou com a ajuda da Data Corner, empresa especializada em Data Analytics. Porque “muitas vezes temos a informação, mas não a capacidade, o know-how ou as ferramentas para trabalhar essa informação”, alertou Flávio Guerreiro.

Os resultados foram imediatos. A LPR reduziu os custos logísticos em 22%, o que significa uma poupança de 200 mil euros/ano só no armazém da Mealhada. Mas, para Flávio Guerreiro, tão ou mais importante que a redução do custo por metro quadrado foi o aumento da produtividade e consequente incremento da rentabilidade.

 

Cândido Martins, Executive & Innovation manager da Cachapuz, referiu que a pandemia acelerou a utilização e disseminação da tecnologia entre as pessoas/empresas, com impacto visível nos modelos de negócio. E as empresas que, antes da pandemia, já tinham iniciado o processo de digitalização do seu negócio são aquelas que estão melhor preparadas para fazer face a toda esta mudança. No caso específico das soluções logísticas inteligentes os benefícios incluem a redução dos tempos de ciclo; assim como dos tempos de operação; a redução dos custos fixos de operação e dos custos de fretes; a automatização dos principais processos e o aumento de períodos de atendimento; a criação de operações em autosserviço e ainda a promoção do distanciamento operacional.

Mas talvez a maior diferença neste “novo” mundo corporativo (e as soluções logísticas inteligentes são um bom exemplo) seja a nova forma de interação entre empresas. Hoje, cada vez mais, existem ecossistemas de cooperação, onde há partilha de dados entre todos os intervenientes (da cadeia de abastecimento), de forma a que todos possam rentabilizar os seus recursos e responder, em tempo real, a qualquer problema que possa surgir, aumentando a eficácia da cadeia de valor.

 

“Com base na nossa experiência, e nos processos de digitalização que temos vindo a desenvolver, estamos a trabalhar por forma a termos um sistema logístico mais cooperativo e que trabalha em tempo real, de modo a promover a visibilidade, a integração, a segurança, o controlo e a automação. De modo que todos os dados disponíveis, nesta cadeia de fornecimento possam originar novos modelos de negócio, mais eficazes e muito mais rentáveis do que os atuais.”, conclui Cândido Martins.

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