A cena passou-se recentemente. E apesar de se ter passado com “O Retalhista”, podia ter acontecido com outro consumidor. Sim, porque “O Retalhista” também é consumidor. Somos todos, certo?!
Entrei numa loja da Pull&Bear. “O Retalhista” via a nova disposição da loja, a forma como está arrumada para o seu público-alvo, e procurava alguns sinais de omnichanel. Sei que as lojas desta marca têm estado a ser remodeladas, mas nesta tudo continua como antes. O que não tem mal.
O pior foi quando ao olhar e gostar de uns óculos da marca, pensei pedir a opinião a amigos, postar uma foto nas Redes Sociais. Partilhar. Fazer aquilo que muitos dos consumidores do target desta marca faz a toda a hora e em qualquer lugar.
Imediatamente, uma “simpática” colaboradora “saltou” da caixa e me disse que era proibido tirar fotos dentro da loja!!! “O Retalhista”, incrédulo, perguntou novamente o que a “simpática” assistente tinha dito.
“É proibido tirar fotos dentro da loja!”. Por segundos fiquei boquiaberto. Será que tinha ouvido bem? Então? Mas e o omnichannel? E a partilha? E os Millennialls que compram tanta roupa nesta loja?
Argumentei que era um erro essa política. Que vivemos numa era de smartphones e que, se calhar, aquela partilha, não só iria gerar a minha compra, mas de outros que, modestamente, pudesse influenciar. Relembrei que é assim que as coisas hoje funcionam…
A rapariga preferiu aumentar o tom como se a minha questão fosse a mais parva deste mundo. Não perdi muito mais tempo. Saí de lá, sem os óculos, claro. E percebi que, pelo menos naquela loja, o omnichannel e o bom serviço a cliente são coisas que não existem.
Afinal, com excepção de raríssimos casos o omnichannel ainda está muito longe do nosso dia-a-dia.