O tempo é hoje diferente do que era há apenas uma década atrás. O tempo hoje é (muito) batalhado por diversas tarefas. Mais do que nunca, o tempo é precioso e a sua gestão também, seja para fazer que tarefa for. Desde a reunião que leva à decisão mais importante ao simples não fazer nada – que hoje em dia é também tão importante.
Tal como o sono, que a sociedade ocidental tende em negligenciar – com exceção dos nuestros hermanos do sul de Espanha, irredutíveis com a sua siesta, ser dono do tempo é de uma riqueza incalculável.
Mas vamos por partes.Nada que seja brilhante ou bem feito nasce sem se ter dedicado tempo a isso. Seja que tarefa for. Uma boa gestão de loja, uma promoção fantásticas, um projeto criativo e inovador que resulta num incremento de vendas. Ou mesmo aquele menú de determinado chef que vai render muitas receitas (monetárias e gastronómicas). Sem tempo, nada de bom acontece.
Hoje em dia temos distrações como nunca antes tivemos. As redes sociais, intrusivas nos computadores mas mais ainda nos smartphones são um dos grandes problemas, mas não só, outras menos recentes mudaram para sempre a nossa arte de “concentração no trabalho”, falo do trabalho em open space. Ganhamos em partilha, mas perdemos na gestão do tempo.
Muitas vezes o nosso dia-a-dia passa por responder àquele e-mail urgente, e logo a seguir ao outro que está a aguardar resposta há dois dias. E quando estamos a fazer esse texto de e-mail, o telefone fixo toca e atendemos, segundos depois toca o telemóvel profissional e, ao mesmo tempo, recebemos um SMS no telefone pessoal com um amigo a dizer “Posso Ligar?” – o que achamos que é sempre urgente.
E, acontece sempre, tal como uma Lei de Murphy, enquanto tentamos dar conta disto tudo, vemos um colega a aproximar-se de nós a querer falar connosco sobre um assunto urgente. Há dias assim. Infelizmente, acho que são mais os dias assim nas empresas portuguesas do que os passados de outra maneira
Ora, para resolvermos esta questão em que muitas vezes caímos. Sim, a culpa nem sempre é dos outros, há que ter em conta cada ação que temos no espaço de trabalho. Será que temos mesmo que fazer aquela chamada naquela altura? Será que temos mesmo que interromper o colega com aquela conversa não urgente quando ele está concentrado a escrever aquele e-mail? Será que a nossa urgência não dá cabo do workflow dos nossos colegas?
Há que por a máxima de não fazermos aos outros aquilo que não gostamos que nos façam a nós. Hoje em dia, o tempo é um bem de uma riqueza incalculável. Saber geri-lo é meio caminho para o sucesso e respeitar o tempo dos outros é o resto do caminho!