O índice de volume de negócios no comércio a retalho voltou ao crescimento no passado mês de março, registando-se uma variação homóloga de 1,7%. Os dados são da APED, que revelou hoje (7 de maio) numa conferência de imprensa que os indicadores positivos estão a começar a aparecer no país, embora ainda “tímidos”.
“Apesar da quebra em 2014, o primeiro trimestre de 2015 já mostra uma ligeira subida, o que indica que a Distribuição Moderna continua a saber adaptar-se à crise de consumo” explicou Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da associação que representa as empresas de distribuição.
De acordo com o Flash Report da APED, em março de 2015, a variação homóloga do IPC situou-se em 0,3%, um crescimento de 0,5 pontos percentuais face ao registado no mês anterior.
Vendas no retalho alimentar ainda com ligeira quebra
Os números mostram também que em março deste ano as vendas no retalho alimentar ainda registaram uma ligeira quebra, de 0,9%, ao contrário do não alimentar, que cresceu 3,7% face ao mesmo mês do ano anterior. No canal não alimentar, em particular, observou-se um razoável crescimento nas compras por correspondência e Internet, de 25,9%.
“Acredito que terminaremos 2015 com indicadores positivos, ainda que com crescimentos tímidos. Os padrões de consumo em Portugal mudam com cada vez mais rapidez, o que torna difícil prever o que irá acontecer”, explicou Ana Isabel Trigo Morais.
A diretora-geral da APED disse ainda que 2015 será caracterizado por “indicadores com muitas intermitências”, sendo um ano “especial, com calendário eleitoral que se prolongará pelo ano subsequente. Acreditamos que o consumo privado poderá acompanhar as projeções de crescimento feito pelas autoridades.”
