A Sonae apresentou durante a passada semana os seus resultados operacionais do terceiro trimestre, anunciado que teve um crescimento sólido do seu volume de negócios, apesar de um resultado líquido em queda em 4,2%. Em comunicado, a retalhista lembra que este foi pressionado “pela redução das margens operacionais num contexto de forte pressão na base de custos”
Por outro lado, a retalhista anunciou ainda “ganhos sustentados de quota de mercado nos vários negócios do grupo, com os clientes a reconhecerem o esforço para combater a inflação e apoiar as famílias”, sendo que o “resultado líquido atribuível a acionistas diminuiu 4,2% no 3T22, para 92M€, devido à queda de 2,4pp da margem EBITDA para os 11%”.
Noutro ponto, a Sonae explica que os investimentos nos últimos 12 meses ascenderam a 579M€, “dos quais 253M€ em aquisições, com a Bright Pixel a realizar dois novos investimentos e a reforçar participação em tecnológicas no 3T22”.
Em termos de vendas internacionais agregadas, estas cresceram mais de 40% nos últimos 9 meses, com o apoio da Sonae à comunidade a crescer também 51% e superou os 21,5M€ nos 9M22
“Durante o terceiro trimestre, continuámos a viver um ambiente geopolítico e macroeconómico complexo e volátil. Os níveis crescentes de inflação e de taxas de juro, juntamente com os custos de energia consistentemente elevados, têm afetado significativamente as nossas comunidades”, começou por referir Cláudia Azevedo, CEO do Grupo.
“Apesar deste contexto, os nossos negócios conseguiram, mais uma vez, aumentar os seus níveis de investimento, reforçar as suas propostas de valor e apoiar as famílias a enfrentar estes desafios, nomeadamente mantendo preços competitivos e respondendo às novas necessidades dos consumidores. Durante o 3T22, todos os negócios aumentaram as suas quotas de mercado e a Sonae apresentou um sólido crescimento do volume de negócios, demonstrando um reconhecimento claro pelos nossos clientes da competitividade e qualidade das nossas ofertas. A rentabilidade foi naturalmente afetada pelos custos recorde de energia e transporte, pelos preços de abastecimento mais elevados e pelos movimentos de migração para produtos de gama e preço inferiores (trading down). No entanto, os resultados consolidados demonstraram uma forte resiliência e a nossa posição financeira manteve-se muito sólida”, acrescentou a gestora.