A Shein tornou-se a maior retalhista de venda de roupa do mundo em 2023. É a conclusão da GlobalData, que referiu o “crescimento fenomenal” da empresa chinesa a nível mundial devido aos preços que pratica e à rapidez com que introduz novos produtos no seu portefólio de oferta.
A retalhista de roupa online fechou o ano passado com um lucro de dois mil milhões de dólares, tendo registado um valor bruto de vendas no site de 45 mil milhões de dólares. Em 2022, a empresa chinesa registou um valor de 30 mil milhões de dólares.
“A força da retalhista reside parcialmente na sua capacidade em lançar milhares de novos produtos diariamente, garantindo que responde às tendências em tempo recorde. Também foi alavancada pelo poder das redes sociais, beneficiando tanto do marketing de influência como do conteúdo orgânico gerado pelos seus utilizadores”, refere Louise Deglise-Favre, analista na GlobalData.
A analista também refere que o crescimento da Shein tem também sido impulsionado pela expansão de mercado, que engloba, por exemplo, a aquisição de uma participação, em agosto de 2023, da Forever 21. Além disso, a analista avança ainda que este crescimento está também relacionado com a diversificação da oferta, uma vez que a retalhista chinesa tem apostado na disponibilização de utensílios domésticos e beleza.
O resultado recorde da Shein acontece numa altura em que a gigante retalhista chinesa está a preparar a sua entrada em bolsa, não sabendo ainda a praça em que vai negociar. De acordo com Louise Deglise-Favre, a Oferta Pública Inicial (IPO) da Shein “será provavelmente o maior IPO de 2024”.
“Tornar-se uma empresa pública forçará a Shein a ser mais transparente sobre as suas finanças, operações e práticas da cadeia de fornecimento, as últimas duas serão um desafio para a retalhista devido às inúmeras críticas relativamente aos seus padrões éticos”, explica a analista. E continua: “o crescimento da Shein também deverá desacelerar nos próximos anos, à medida mais se estabelece no mercado e enfrenta a concorrência crescente de outros rivais chineses, tal como a Temu”.