A Associação Nacional de Grandes Empresas de Distribuição (ANGED), de Espanha, da qual fazem parte retalhistas como o El Corte Inglés, a Apple ou a FNAC, pediu esta semana uma maior liberdade comercial para poder competir com os retalhistas que operam na internet e que estão sujeitas a normas distintas no que diz respeito a matéria fiscal, laboral e regulatória.
De acordo com o Expansión, a associação exige maior flexibilidade para que os seus associados se possam adaptar aos novos hábitos do consumidor, que “cada vez menos distingue o mundo offline do online e que procura conveniência, eficiência e preço”.
“O mercado obriga a que sejamos bons digital e fisicamente, assim como a muitos investimentos”, defende Alfonso Merry del Val, presidente da ANGED. Para Alfonso Merry del Val, “a receita usada nos últimos 40 anos de impor barreiras de entrada a novos concorrentes, impedir a abertura de lojas, limitar os horários de abertura ou agravar os impostos especificamente aos grandes formatos” tem prejudicado a competitividade do comércio espanhol.
O presidente da associação questiona um discurso que considera “protecionista”, pergunta se também se vai proibir os utilizadores de comprarem a um domingo na Amazon e lembra que a Alibaba, o gigante de e-commerce chinês, “não tem nenhuma loja física nem produtos em stock, mas vende milhões de referências todos os dias em vários países”.