Pedro Soares do Santos, Chairman do Grupo Jerónimo Martins, esteve esta quinta-feira, dia 07 de março, na sede do grupo, em Lisboa, a fazer a apresentação dos resultados das diversas insígnias do Grupo perante os jornalistas.
Revelando-se positivamente satisfeito com os resultados, o máximo responsável da Jerónimo Martins revelou que a Polónia continua a ser o país referência em termos de resultados, mas que mesmo assim os resultados obtidos foram surpreendentes. “Nunca pensei que fosse possível [este resultado]. É um número fantástico”, começou por revelar. “O EBIBTA é bom. Muito bom. E o crescimento tem sido sempre constante. Isto é que faz a sustentabilidade da empresa”, referiu.
“Praticamente todas as insígnias do grupo cresceram a dois dígitos e isso não é só volume”, acrescentou, afirmando, sobre os desafios para este ano, que todos na empresa estão agora focados em celebrar os resultados alcançados. “Celebramos o que conseguimos em 2023, mas com o aumento de custos que teremos, 2024 será complicado”, lembrando o máximo responsável do grupo que também a entrada na Eslováquia, no final do ano, irá impactar nos resultados esperados.
“Decidimos iniciar um caminho de internacionalização via Polónia. A Biedronka tem uma proposta de valor sólida e temos consumidores a passar da Eslováquia para a Polónia para compra na Biedronka”, afirmou, justificando, mais uma vez, a aposta.
Noutro âmbito, lembrando que a empresa pagou mais de 1000 milhões de euros em impostos, Pedro Soares dos Santos afirmou também que “talvez a Jerónimo Martins seja também o maior investidor nacional nesta área [do retalho]”, referindo também dados sobre o impacto no mercado de trabalho.
“Somos o empregador número 1 na Polónia. Na Colômbia somos já um dos 10 primeiros empregadores”, atirou, referindo também os aumentos salariais e apoios dados a todos os colaboradores do grupo, falando depois de aspetos ligados à sustentabilidade.
“Somos muito avaliados e escrutinados. E ainda bem. Reduzimos a nossa pegada carbónica por 1000 euros vendidos em 40%”, começou por afirmar, lembrando ser a Jerónimo Martins o retalhista mundial com a melhor classificação da CDP, o que considerou “traz responsabilidades acrescidas para o futuro”.
Relativamente ao peso da inflação no bom resultado global do grupo, Pedro Soares dos Santos assumiu que esta era uma dimensão já ponderada, assegurando, por outro lado, que a empresa vai continuar a apostar numa política de preços baixos.
“Vamos continuar a investir em ter preços mais concorrenciais e que não ponham em causa o balanço da companhia. Esse esforço tem de se fazer. A margem, nos últimos 5 ou 6 anos, está permanentemente a baixar. Se o consumidor não beneficiar desse equilíbrio, nós não ganhamos. Preferimos volumes, prefiro vender mil caixas a 1 euro do que 100 caixas a 10 euros. Vamos fazer o que for possível, tudo o que recebermos do mercado vamos passar para o consumidor”, afirmou.
Jerónimo Martins regista lucros de 756 milhões de euros e cresce 28,2%
