Para a AHRESP, “a secretária de estado parece pretender esconder dos portugueses o fracasso que constituiu a tentativa de aumentar, a receita fiscal com a subida da taxa do IVA na restauração, sendo ainda certo que todas as projeções conhecidas indiciam que a manutenção da taxa máxima do IVA em setores como a Restauração provocará em 2013 o colapso desses setores e a queda abrupta da receita do Estado”.
O último relatório do ministério da economia publicado em junho, mostra como o setor da restauração é afetado, em 2012, pelo desemprego.
De acordo com os dados revelados pelo INE e publicados pelo Ministério da Economia, o setor já perdeu 33 mil postos de trabalho entre o primeiro trimestre de 2011 e igual período de 2012, enquanto o número de insolvências declaradas cresceu 98% entre os mesmos períodos”.
Este estudo foi realizado por duas entidades independentes, a sociedade de advogados Espanha & Associados e a consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) e, mostram as perdas que o setor da restauração irá sofrer caso a receita do IVA se mantenha até 23% em 2013.
José Manuel Esteves, secretário-geral da AHRESP, refere que “preocupa-nos o autismo da Secretária de Estado do Turismo e a sua insensibilidade aos argumentos e às alternativas que os parceiros sociais lhe apresentam. Está provado que a subida do IVA na Restauração, em 2012, foi um tiro no pé, mas pelos vistos não há qualquer intenção de corrigir o rumo”.
Em resposta às declarações feitas pela secretária do Estado do turismo, a AHRESP diz que “os dados em que tal opinião assenta (resultados até julho) são conhecidos e revelam uma quebra da atividade, só na Hotelaria, traduzida em menos 96,1 mil dormidas do que no ano passado e menos 114,8 mil hóspedes, com uma quebra de receita de menos 25 milhões de euros. Se isto é correr bem…”