Um retalhista alemão, a Penny, levou recentemente a cabo uma campanha nos seus espaços comerciais para mostrar aos seus clientes o verdadeiro preço de nove bens alimentares vendidos nas suas superfícies comerciais.
Tal como refere a Reuters, a ideia surgiu como forma prática de lembrar aos consumidores que, para lá do que pagam na caixa do supermercado, há um custo ambiental associado. Num dos mercados com as mercearias mais baratas da Europa, a ideia foi mostrar concretamente quanto custa ao planeta cada um dos nove bens.
Com os custos a serem calculados em colaboração com a Universidade Técnica de Nueremberga e a Universidade de Greifswald, foram tidos em conta os danos ambientais causados, ou seja, o seu impacto no solo, na água, nas emissões, bem como outros aspetos relevantes associados ao processo produtivo.
Os produtos mais ‘penalizados’ foram de origem animal, com salsichas vienenses a verem o seu preço subir 88% e o queijo Maasdam a ficar 94% mais caro, mas com o custo do schnitzel vegano a subir apenas 5%.
“Vemos que muitos de nossos clientes estão a sofrer com os preços persistentemente altos dos alimentos. No entanto, temos de passar a incómoda mensagem de que os preços dos nossos alimentos, que são incorridos ao longo da cadeia de abastecimento, não refletem os custos ambientais. Queremos criar consciência para isso com a campanha nacional sobre os verdadeiros custos”, disse Stefan Görgens, COO da PENNY.
“A inflação no ano passado mostrou que os produtos de origem animal estão a ficar cada vez mais caros. A campanha da PENNY mostra ainda que esses produtos deveriam, na realidade, custar ainda mais se os custos ambientais fossem contabilizados”, disse Martin Ranninger, co-diretor da marca vegana e vegetariana V-Label.
A Penny disse que doaria qualquer valor extra conseguido nesta campanha para um projeto para ajudar a tornar a agricultura mais sustentável, mas disse também esperar um grande declínio nas vendas, já que os consumidores lutam contra a inflação.
