Depois de um boom de procura por espaço logístico derivado do crescimento exponencial do e-commerce durante o período da pandemia, este tipo de edifícios está hoje a sofrer uma forte queda, com a imprensa britânica a dizer que é a maior quebra registada em 10 anos.
De acordo com o CoStar Group , o número de empresas que desocupam armazéns que se dedicavam ao tratamento logístico superou o das que os adquiriram pela primeira vez em 11 anos.
Segundo explicado pelo Telegraph, os principais supermercados, incluindo, por exemplo, Sainsbury’s e Co-op, também começaram a subarrendar espaço à medida que a procura pela entrega de alimentos em casa está a cair e os compradores procuram produtos a preços mais baixos nas como foram de ‘combater’ a crise inflacionária.
O diretor de análise de mercado do CoStar Group, Grant Lonsdale, em declarações ao Telegraph, explicou que este abrandamento estará relacionado não só com a crise, com forte impacto no Reino Unido e que gerou menos procura, mas também com uma tentativa de poupança por parte das empresas.
Face às pressões do custo de vida sobre os consumidores, muitos retalhistas, bem como os fornecedores terceirizados de logística que com eles colaboram, estão a reavaliar os seus requisitos de espaço de armazenamento e distribuição numa tentativa de otimizar as despesas gerais”, começou por explicar.
“É provável que essa tendência persista no próximo ano. O enfraquecimento da procura, juntamente com os altos níveis de atividade de construção, sugere que as taxas de desocupação aumentarão ainda mais, principalmente no caso de armazéns maiores”, sentencia Lonsdale.