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Retalho

Preços dos BGC evoluem a ritmo lento, mas vendas continuam a aumentar

carrinho vazio supermercado

O preço dos bens de grande consumo (BGC) cresceu 1,3% na Europa no quarto trimestre de 2015, “o menor crescimento desde o terceiro trimestre de 2010 (1,1%). De acordo com os dados divulgados esta semana pelo ‘Growth Reporter’ da Nielsen, quem tem beneficiado do ritmo lento da inflação são os consumidores, com o ritmo lento do crescimento dos preços a ser acompanhado por um “rápido crescimento do volume de vendas” dos BGC.

Assim, no período em análise, os bens de grande consumo cresceram 2,1% na Europa, com as quantidades vendidas a registarem um incremento de 0,8%. Em Portugal, o mercado de grande consumo “registou entre outubro e dezembro um crescimento de vendas de 0,9% face ao período homólogo”.

Nos 21 países europeus analisados pela Nielsen neste estudo, os mercados onde os preços caíram mais acentuadamente foram em Portugal (-1,3%) e na Suíça (-1,6%). No outro extremo da escala, os maiores aumentos foram os da Turquia (+ 9,2%) e Hungria (+ 3,1%).

 “Estes resultados devem-se a uma combinação de fatores. Os custos de produção caiem, graças a preços mais baixos do petróleo e os retalhistas praticam ainda uma intensa atividade promocional para combater o aumento da popularidade dos discounters. Além disso, quase três em cada dez europeus admitem mudar para marcas mais baratas com o objetivo de economizar dinheiro “, refere Jean-Jacques Vandenheede, diretor europeu de retail insights da Nielsen.

No total do trimestre, Portugal registou um resultado positivo de 2,3% na variação das vendas, principalmente impulsionado pelo mês de dezembro (+2,4%), já que não se registaram crescimentos em outubro e novembro.

Bebidas alcoólicas foi a categoria que mais cresceu em 2015

Olhando para o global de 2015, Portugal terminou o ano com um crescimento nominal de 1,4% que se traduz em 1,8% de aumento no volume das vendas de BGC. A categoria de bebidas alcoólicas foi a que mais cresceu (5%) e a de lacticínios a que mais agravou as suas perdas (-3%).

As marcas de fabricante, por sua vez, continuaram a registar uma tendência positiva, com um crescimento de 3,8%, acima das marcas da distribuição, que perderam -2,8% em vendas, devido “à intensa atividade promocional com mais incidência nas marcas de fabricante.”

“Não sendo exceção à regra Europeia, a deflação no nosso país foi-se acentuando ao longo dos trimestres e, assim, evidenciando a forte atividade promocional, que conseguiu atingir um valor sem precedentes de 41% do total das vendas em valor no mercado dos BGC”, refere a Nielsen.

Por fim, no que diz respeito aos formatos de venda a retalho, a Nielsen revela que as lojas mais pequenas (<400m2) “foram as mais dinâmicas neste sector”, com um crescimento de 2,8%, por força da expansão dos conceitos de proximidade.

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