A reunião, que juntou todo o setor desde a produção, indústria e distribuição, teve por objetivo “encontrar em conjunto soluções para que haja uma melhor distribuição do valor em toda a cadeia alimentar”, referiu a ministra da Agricultura, Assunção Cristas em declarações aquele jornal.
Com a produção a afirmar que “não consegue colocar o produto”, a distribuição a reclamar a “falta de organização da produção”, a ministra referiu que “entendemos que todos a conversar em conjunto podemos ajudar a superar esses problemas”, admitindo ainda “criar legislação, se assim for conveniente”.
Cristas sublinhou que é preciso “dar mais visibilidade aos produtos portugueses, não só para as empresas ganharem competitividade a nível nacional, mas também poderem internacionalizar-se. Uma produção mais organizada e com relações estáveis ao nível dos contratos de distribuição pode alcançar melhores condições para a sua própria produção e, assim, fazer baixar os preços”.
O aumento da competitividade do setor agroalimentar também foi defendido por Álvaro Santos Pereira que lembrou que “uma das formas de sair da crise é exatamente apostar na produção nacional”, sendo este tipo de iniciativa “importante para aumentar a cooperação e o diálogo entre a produção e a distribuição, de forma a reforçar o setor, tornando-o mais competitivo e atrativo interna e externamente”, acrescentou o ministro.
“A APED congratula-se com esta iniciativa do Governo e acredita que o diálogo entre todos é útil. Os problemas existem ao longo da cadeia alimentar e não é só num setor, são transversais, sobretudo nesta conjuntura adversa, tendo sempre em mente o consumidor e o país. A APED está empenhada em contribuir para que este grupo de trabalho produza resultados efetivos”, disse Ana Isabel Trigo de Morais, diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), à margem da reunião.