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“O consumidor português é um verdadeiro ‘smart shopper’ “

O consumidor português é um verdadeiro ‘smart shopper’

Se é verdade que os sites de descontos diários são muitos e proliferam, nem todos podem apresentar-se com a Amazon como acionista. Este é o caso da LetsBonus, parte da Living Social, que já conquistou em Portugal “mais de 850 mil portugueses e mais de 1000 parceiros”. O negócio é “comercialmente apetecível”, como explicou à DISTRIBUIÇÃO HOJE, Ricardo Mesquita, diretor-geral da empresa em Portugal. A lógica do novo smart shopper parece ser simples – “procura, pesquisa compara e compra”.

Que resultados alcançaram no ano passado e que balanços fazem desde a entrada em Portugal?

O balanço é muito positivo. Desde que entramos em Portugal, há pouco mais de um ano, já conquistamos mais de 850 mil portugueses, que diariamente recebem as nossas ofertas, e mais de 1000 parceiros, que nos confiam o desenvolvimento e lançamento dessas mesmas ofertas. Não divulgamos números, mas sabemos que hoje somos a maior empresa deste segmento a operar em Portugal, suportada pelo trabalho excepcional de cerca de 30 colaboradores.

Os sites de descontos são uma realidade no nosso país. O que vos diferencia?

Primeiro, a nossa base de talento e competência, com uma equipa de quase 30 pessoas em Portugal inteiramente dedicada aos parceiros e aos clientes LetsBonus. Segundo, a qualidade das ofertas, desenvolvimento dos conteúdos e cuidado com os parceiros, bem como no desenho e preparação de cada campanha. Por último, as oportunidades que temos vindo a desenvolver e a exposição que temos gerado a muitas empresas e marcas nacionais, como uma multinacional que somos, parte da Living Social, a segunda maior empresa mundial da indústria, que é participada pela mundialmente conhecida Amazon.

Voltando um pouco ao início. Como funciona exatamente o vosso modelo de negócio?

É um modelo ágil e comercialmente apetecível, com a transparência necessária, onde todos ganham. Nasce de uma lógica de distribuição via internet e que usa o poder emergente das redes sociais, compra social e de todo o seu marketing viral. Desta forma, os parceiros (marcas, empresas de retalho, operadores de viagens ou prestadores de serviços) conseguem atingir centenas de milhares de potenciais compradores de forma segmentada e sem risco, com conversão de compra real. Através de uma promoção, necessária para qualquer oferta, geramos vendas sem risco e os parceiros apenas nos pagam uma comissão por essas vendas.

Como é desenvolvida a oferta disponibilizada no site? Já são as marcas a procurarem este serviço ou é a LetsBonus a angariar os parceiros comerciais?

Ambos os casos. Há um ano, tínhamos que ir procurar os melhores parceiros, mas hoje são dezenas de pedidos que nos chegam dos mais variados setores. Tentamos focar em ofertas que façam sentido, que acrescentem valor aos consumidores, que tenham qualidade e que no fim do dia proporcionem uma boa experiência de compra e de utilização. Ou seja, hoje temos a sorte de ter um portefólio de grandes marcas e empresas de reconhecida credibilidade e qualidade a trabalhar regularmente com a LetsBonus (Living Social). Algumas dessas empresas foram por nós identificadas como referência no mercado e outras vieram ao nosso encontro pela nossa reconhecida competência.

Como é a vossa relação com os parceiros comerciais?

Excelente. A grande maioria dos parceiros repete as ações e são muito poucos os casos onde os parceiros comerciais se desiludem.

Por vezes os clientes deste tipo de sites queixam-se que têm dificuldade em usufruir da sua compra, por problemas levantados pelos parceiros comerciais. Têm reclamações neste sentido?

A escolha dos parceiros e um aconselhamento comercial profissional são fundamentais para que isso não aconteça. Não temos hoje reclamações desse género, mas no início da operação em Portugal houve algumas ações onde alguns parceiros não conseguiram dar conta do recado, ou seja, não estavam preparados para a adesão de tanta gente e acabaram por limitar utilização. Isso não acontece hoje porque temos um acompanhamento muito próximo do parceiro e este já reconhece o valor deste canal de distribuição e incremento de notoriedade de marca.

Quais os tipos de oferta mais procurada?

No final do dia, todas as nossas ofertas têm uma grande procura. Desde a gastronomia às viagens, sejam escapadas em Portugal ou destinos exóticos, até à venda de produtos. A nível de produtos temos uma forte procura de tecnologia, gadgets, robôs de cozinha, produtos associados a beleza, entre outros. E nas experiências, a restauração, o bem-estar e a cultura são áreas com forte procura regular. Recentemente lançámos uma área para crianças e família que tem tido uma forte adesão.

Quem é o vosso principal target na LetsBonus?

Pessoas que querem continuar a ter qualidade de vida, usufruindo do melhor que a sua cidade tem para oferecer, a preços acessíveis. Em suma, homens e mulheres portugueses que gostam de se “mimar” a si próprios ou acompanhados dos seus entes queridos.

Como funciona depois toda a logística em volta do site, como por exemplo, quando se adquire um objeto físico, como um aspirador. Este é entregue ao domicílio ou levantado nalgum lado?

No caso da área de produtos o consumidor compra a oferta que está em promoção no site da Letsbonus, o nosso parceiro recebe esse pedido e trata da entrega. Em regra, as entregas podem demorar de 10 a 12 dias, dependendo do produto, a chegar ao consumidor. A logística e o transporte são da responsabilidade do parceiro, salvo raras exceções.

Quais as expectativas que têm para este negócio em Portugal?

As melhores. Somos um canal alternativo de vendas que faz todo o sentido estar integrado na estratégia de venda das marcas. Não revelamos dados, mas posso afirmar que todos os números têm superado as nossas melhores estimativas. Não somos mais uma tendência, somos uma realidade com forte presença no mercado português, bem alicerçada numa equipa de 30 profissionais dedicados, numa base de potenciais clientes de quase um milhão e de mais de 1000 parceiros de excelência. Somos uma oportunidade para o retalho como o somos para o turismo. Neste verão trouxemos mais de 9000 turistas espanhóis para a Madeira e para os Açores, com uma permanência média de sete noites.

Como classificam a adesão a este tipo de produto dos consumidores portugueses?

O consumidor português é inteligente. Procura, pesquisa, compara e compra. Hoje, com o atual cenário económico, essa postura é ainda mais evidente. O consumidor português é um verdadeiro “smart shopper” e não perde uma boa oportunidade. A LetsBonus disponibiliza-lhe todos os dias ideias e produtos que este valoriza e que sabe serem as melhores, ao melhor preço. De resto, conquistar 850.000 utilizadores em pouco mais de um ano, só posso classificar como uma adesão inteligente.

Que garantias em termos de segurança e credibilidade dão aos utilizadores?

Todas as garantias. Se o cliente não gostar, devolvemos o dinheiro. Temos um nível de reclamações abaixo dos 0,5%.

 

Sentem necessidade de terem algum espaço físico de contacto com os clientes, como vem a ser tendência e aconteceu com a Amazon e Pixmania?

Não deixa de ser curioso que a Amazon seja nosso acionista. Já foi um assunto estudado, aliás, numa grande maioria de países tem-se levantado essa questão, mas por enquanto, não iremos ter espaço físico.  

 

Como veem a evolução futura deste tipo de negócio? Este é um negócio que vive essencialmente da crise?

Não. É um negócio que cresce em mercados de crise, mas que também floresce nas economias que mais crescem no mundo, como o Brasil, o México, os EUA ou mesmo na Alemanha. Em boa verdade, o seu sucesso está intimamente ligado ao crescimento da utilização da Internet e à emergência de um novo tipo de consumidor, o “smart shopper”. 

 

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