Depois de ter declarado a falência na semana passada, após 118 ano de atividade, a norte-americana JCPenney ganhou “novo fôlego”. Isto porque, de acordo com as mais recentes notícias, houve um “salvamento” de um dos maiores operadores de lojas de departamento norte-americano ao abrigo do plano de falência.
Assim, o retalhista terá de encerrar 240 lojas de um total de 846 pontos de venda, deixando-o a funciona com pouco mais de 600 lojas.
Na declaração de falência apresentada às autoridades norte-americanas, a companhia admite que esta é causada pela crise da COVID-19, depois do operador de lojas de departamento ter dado entrada de um plano de reorganização que contou com o apoio de 70% dos donos da dívida de primeira garantia. A empresa detinha compromissos financeiros de 900 milhões de dólares (cerca de 825 milhões de euros) em financiamento, incluindo uma injeção de dinheiro novo na ordem dos 450 milhões de dólares.
O que começou como uma humilde loja de produtos secos em Wyoming, em 1902, terá, assim, ao fim de 118 anos uma nova oportunidade de “salvar” a operação e alguns dos cerca de 85.000 funcionários.
À imprensa norte-americana, a CEO da J.C.Penney, Jill Soltau, admitiu que a crise de COVID-19 “tornou o ambiente para a empresa e lojas de departamento apenas mais sombrio, acelerando as tendências já em andamento”.
Salientando que, até ao surgimento da pandemia, a companhia tinha efetuado “progressos significativos na reconstrução da empresa”, o encerramento das lojas devido à pandemia “exigiu uma revisão mais abrangente”.